DONALDTRUMP, PROFETA DE UMA CIVILIZAÇÃO EM DECADÊNCIA?
África como na Europa: matar, roubar, levantar falso testemunho, cometer adultério, prostituir, o casamento entre homossexuais e lésbias, o aborto provocado, a eutanásia, etc. Hoje, na Europa em geral, estes actos não estão a ser considerados como pecado, enquanto em África continuam a ser. Será que a Europa, in luenciada pelos valores e ideais da Bíblia Satânica, prega hoje a inversão do evangelho de Cristo ou proíbe este último em nome da neutralidade de valores, universalidade dos direitos humanos, principalmente da liberdade religiosa, que para os cristãos na Europa, signi ica apenas o direito de não ser cristão ou de o ser mas não publicamente? Pelo contrário, todos os adeptos das outras religiões, principalmente os Muçulmanos, usufruem na Europa, o direito de praticar as suas religiões, conforme bem entenderem.
O relativismo ético como expressão do niilismo pós-modernismo
A época pós-moderna implementa efectivamente os valores e ideais da Bíblia Satânica (do satanismo), ao fundamentar a ética social contemporânea no tão chamado relativismo ético normativo, segundo o qual não existe valores éticos e normas éticas absolutas e universais. Este tipo de relativismo ensina que, em princípio, cada cultura tem a sua própria ética, isto é, os seus valores e suas normas especí icas de conduta. E a nível cultural e social os povos pertencentes a culturas diferentes não devem interferir nas boas ou más acções e maus comportamentos uns dos outros. A nível individual de cada sociedade, a irma o relativismo ético normativo, que cada indivíduo tem o direito e a obrigação moral de viver conforme quiser, enquanto o governo tem o dever jurídico-político de, em primeiro lugar, garantir, a cada indivíduo os seus direitos fundamentais (por exemplo, o direito à paz social e segurança pessoal).
Em segundo lugar, a irma o relativismo ético normativo, segundo o qual, o governo tem o dever jurídico de obrigar a todos os grupos e a cada individuo a serem tolerantes uns para com os outros, no concernente às suas respectivas atitudes e aos seus respectivos actos e omissões e comportamentos. Esta é uma forma autêntica do egoísmo. Porém, apesar de todo o bene ício que a Europa dá ao resto do mundo, pelo menos no que se refere à ética e espiritualidade, devemos lem- brar sempre que ex oriente lux …!
O egoísmo e as suas consequências nefastas para a sociedade e humanidade
O egoísmo como comportamento e modus vivendi, não é algo novo debaixo do céu pós-moderno. Tanto na Grécia antiga ( os so istas, 420 - 376 a. C.) como na época moderna (Thomas Hobbes, 1588-1679) pregaram o egoísmo como ética relativista social. Convém esclarecer que há duas formas de egoísmos que são relevantes e interligados neste contexto: egoísmo ético e egoísmo psicológico. O egoísmo ético a irma que o interesse próprio é o princípio moral fundamental que cada um deve seguir. O egoísmo psicológico, que faz parte integrante de um conceito psicológico do ser humano, declara que este último é constituído de tal maneira que procura sempre satisfazer as suas próprias necessidades. O egoísta interpreta, por exemplo, a regra de ouro da seguinte maneira; “ajuda os outros para que eles te ajudem a prosseguir o teu próprio interesse”, e nunca por qualquer outra razão1.
Para a motivação e a justificação última do egoísmo ético, Hobbes usa como argumento o egoísmo psicológico. Porém, uma consequência desastrosa de obrigar ou aceitar que todos sejam egoístas, seria um caos social, uma anarquia que podia desencadear uma guerra de todos contra todos, o que tornaria a vida desagradável, brutal e curta (cf. Thomas Hobbes, Leviathan2 ). Quem, a longo prazo, ganharia com este tipo de regime político e status quo? Ninguém, nem os próprios niilistas e relativistas ganhariam com isso, a longo prazo! 3 O egoísmo ético é contraproducente, por ser incapaz de ser recomendado como um princípio universal.
Donald Trump - a encarnação do egoísmo posto em sistema
Bertrand Russell, laureado com prémio Nobel e célebre ilósofo inglês do século passado, escreve o seguinte em 1990, o que hoje, à luz de um fenómeno humano como Donald Trump e outros de igual mentalidade, pode ser visto como uma mensagem profética: “Um dos paradoxos dolorosos do nosso tempo reside no facto de serem os estúpidos os que têm uma certeza, enquanto os que possuem imaginação e inteligência se debatem em dúvidas e indecisões”. 4Este citado caracteriza