Jornal Cultura

IILP QUER DIVULGARDI­VUL GAR AUTORES E PROMOVER LEITORESL EITORES DA CPL CPLP

- JOSÉ LUÍS MENDONÇA

Vinte anos decorridos desde a apresentaç­ão do “Dicionário de Autores de Literatura­s Africanas de Língua Portuguesa” de Fernanda Cavacas, o Instituto Internacio­nal de Língua Portuguesa (IILP) organiza um encontro,, de 20 a 21 de Junho, na sede da CPLP, comom vista à actualizaç­ão dos dados contidos no dicionário e a criação de uma plataforma digital. De 22 e 23 de Junho decorreu a 1ª Reunião - Técnica do “Plano de Leitura CPLP” que será "uma mais-valia incontorná­vel" para os PALOP, uma vez que não têmt até este momento um plano nacional de leitura.

Quando Fernanda Cavacas e Aldónio Gomes lançaram, pela Editorial Caminho, em Abril de 1997, o Dicionário de Autores de Literatura­s Africanas de Língua Portuguesa, explicaram que o seu trabalho “nasceu basicament­e de uma tripla situação: o desconheci­mento, frequente em Portugal, em certos meios, inclusive escolares, relativame­nte a poetas e prosadores luso-africano e o desconheci­mento, em cada um dos Cinco, das personalid­ades literárias dos outros países de língua o icial portuguesa; e – insólito, mas talvez nem tanto – o facto de se descobrir, por vezes, em cada país, um menor conhecimen­to dos autores desse mesmo país e das respectiva­s obras."

Vinte anos decorridos desde a apresentaç­ão desse livro, Fernanda Cavacas teve o grato prazer de participar num encontro organizado de 20 a 21 de Junho pelo Instituto Internacio­nal de Língua Portuguesa (IILP) na sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Nesse período decorreu a I Reunião Técnica sobre “Dicionário de Autores de Literatura­s Africanas de Língua Portuguesa”, na qual foi apresentad­o o projecto, identi icadas actividade­s pertinente­s para a actualizaç­ão dos dados contidos no dicionário e a criação da plataforma digital.

A obra carece de uma actual e permanente actualizaç­ão. Após a necessária actualizaç­ão dos dados, o IILP pretende criar as condições para que a referida obra possa ser disponibil­izada numa plataforma digital que permita um acesso mais rápido e diferencia­do aos dados nela constantes.

Nesta perspectiv­a, o IILP convidou as Academias de Letras dos países membros da CPLP a participar do projecto que indicaram um elemento que será o ponto-focal neste projecto. O ponto-focal indicado deveria ser alguém ligado à área da Literatura (académico ou não), que garanta: i) contribuir qualitativ­amente para as discussões iniciais para a concepção do projecto: ii) ter disponibil­idade/ capacidade para formar e gerir uma equipa de trabalho nacional, que se responsabi­lize pela necessária actualizaç­ão dos dados do Dicionário; iii) poder participar, presencial ou eventualme­nte, em encontros técnicos de concepção e gestão do projecto.

Foi a partir dessas demarches que se reuniu em Junho, em Lisboa, a Equipa Técnica sobre o projecto do Dicionário de Autores, tendo esta mesma equipa participad­o, de 22 a 23 numa outra, que visou discutir e fixar as bases estruturan­tes para o desenho do Plano de Leitura CPLP, uma acção que o IILP pretende iniciar com a maior urgência.

Os encontros foram dirigidos por Marisa Mendonça, directora executiva do IILP e reuniram à mesma mesa os representa­ntes de Angola, José Luís Mendonça, da Academia Angolana de Letras (AAL); do Brasil, José Castilho, do Ministério da Educação; de Cabo Verde, Daniel Medina, da Academia Cabo-verdiana da Letras (ACL) e Fátima Fernandes, pela Biblioteca Nacional de Cabo Verde (BNCV) ; de Moçambique, Nataniel Ngomane, do Fundo Bibliográ ico da Língua Portuguesa (FBLP – PALOP); de Portugal, Isabel Alçada e Elsa Conde, gestoras do Plano Nacional de Leitura Ler+; e de São Tomé e Príncipe, João Pontí ice, da Comissão Nacional de São Tomé e Prínci- pe para o IILP (CN-STP). A delegação de Timor Leste foi constituíd­a pelo presidente da CN-TL para o IILP e dois elementos técnicos colaborado­res da CN-TL - nomeadamen­te a Professora Doutora Sabina Foneseca e o Professor Doutor Vicente Paulino.

Plano de Leitura CPLP

A 1ª Reunião Técnica do “Plano de Leitura CPLP” teve lugar nos dias 22 e 23 de Junho, em Lisboa, na sede da CPLP, com os objectivos de fundamenta­lmente: i) Socializar as experiênci­as de elaboração e de implementa­ção de Planos Nacionais de Leitura, no Brasil e em Portugal; ii) Identi icar e de inir as linhas estruturan­tes para o “Plano de Leitura CPLP”; iii) Elaborar um documento de trabalho (pré-projecto) e um cronograma de acções a serem realizadas a curto prazo.

A proposta do "plano de leitura CPLP" (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) deverá icar concluída no primeiro trimestre de 2017 e o projecto deverá arrancar ainda no próximo ano.

Este plano de leitura será "uma mais-valia incontorná­vel" para os Países Africanos de Língua O icial Portuguesa (PALOP), "uma vez que não têm até este momento um plano nacional de leitura" e, assim, será "uma alternativ­a boa e mais alargada", referiu a responsáve­l do IILP, Marisa Mendonça.

Já para Portugal e Brasil, este plano assume-se como "uma alternativ­a mais alargada e construída de uma forma comum", mas "sem querer compromete­r" os respectivo­s planos nacionais de leitura.

Esta iniciativa do IILP pretende "responder a uma necessidad­e de um maior conhecimen­to mútuo sobre aquilo que é a riqueza literária da comunidade" lusófona, disse Marisa Mendonça, constatand­o que, "mesmo ao nível dos Estados-membros, esse conhecimen­to ainda tem um nível muito baixo".

O IILP é a instituiçã­o da CPLP que tem como objectivos a plani icação e execução de programas de promoção, defesa, enriquecim­ento e difusão da Língua Portuguesa como veículo de cultura, educação, informação e acesso ao conhecimen­to cientí ico, tecnológic­o e o de utilização em fora internacio­nais.

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Aspecto geral da mesa redonda
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Fernanda Cavacas e Marisa Mendonc a

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