Jornal Cultura

PRÉMIO DE CULTURA E ARTES AFIRMA ANGOLA ALÉM-FRONTEIRAS

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Os vencedores da 17ª edição do prémio Prémio Nacional de Cultura e Artes, a mais importante distinção do Estado Angolanono nestneste sector,t receberam, na noite de 9 de Novembro, os troféus e diplomas correspond­entes. O ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da Republica, Frederico Cardoso, disse que o prémio distingue a superação artística e o génio dos criadores angolanos, que, com o seu trabalho, têm contribuí-contribuíd­o para a afirmaçãoç de Angolal além-fronteiras.

OPrémio Nacional de Cultura e Artes é a mais importante distinção do Estado Angolano neste sector, tendo como principal objectivo incentivar a criação artística e cultural, bem como a investigaç­ão cienti ica no domínio das ciências humanas e sociais.

Os vencedores da 17 ª edição do prémio referente ao ano de 2017, nas nove modalidade­s artísticas em concurso, receberam, na noite de 9 de Novembro, os troféus e diplomas correspond­entes. A cerimónia juntou homens de cultura, da sociedade e política angolana.

O ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da Republica, Frederico Cardoso, que entregou os galardões em representa­ção do Presidente da República, João Lourenço, disse que o prémio distingue a superação artística e o génio dos criadores angolanos, que, com o seu trabalho, têm contribuíd­o para a a irmação de Angola além-fronteiras.

O júri presidido pelo antropólog­o Virgílio Coelho contou com José Luís Mendonça e Cremilda de Lima, na disciplina de Literatura, Francisco VanDúnem (Van) e Marcela Costa, para a de Artes Plásticas, Dionísio Rocha e Dina Santos, na Música, Isabel André e Adelino Caracol, no Teatro, Laritza Marques e Domingos Nguizani na Dança, Tomás Ferreira e Marisol Kadiegi, na disciplina de Cinema e Audiovisua­l, Constância de Ceita e Virgílio Coelho na Investigaç­ão em Ciências Humanas e Sociais, Cristóvão Kajibanga e Marcelina Gomes, para as Festividad­es Culturais Populares, e para o Jornalismo Cultural, Mara Dalva e José Rodrigues, e identi icou os seguintes vencedores para 2017:

LITERATURA

Ao escritor António Fonseca, pelo conjunto da sua obra “um agrimensor de etno- icções”, criador de uma literatura genuína que se deixa entranhar pelas diversas linguagens e pela imagética criativa popular do todo nacional que é Angola.”

ARTES VISUAIS E PLÁSTICAS

Horácio Dá Mesquita, pelo mérito da sua mais recente exposição individual sobre cerâmica artística, que ressalta um forte pendor investigat­ivo e criativo, e pelo conjunto da sua obra, que tem desenvolvi­do há mais de 40 anos com bastante brio, argúcia e perícia.

MÚSICA

Ao músico e compositor Carlos Lamartine, um dos grandes artí ices da música nacional, cujas composiçõe­s e interpreta­ções assentam não apenas na música popular urbana, mas tam- bém, abordam os géneros satírico e revolucion­ário, a trova e o folclore, que enriquecem e valorizam o universo contemporâ­neo da música angolana.

TEATRO

Ao grupo teatral PROTEVIDA, pela sua obra continuada, que desenvolve­u um grá ico ascendente ao longo dos anos. Tem o mérito de ter criado um festival anual de teatro – o Festipaz – para além de fazer adaptação de obras de autores nacionais que abordam questões prementes da sociedade angolana.

DANÇA

À Companhia de Dança Contemporâ­nea de Angola (CDCA), por introduzir novas técnicas na interpreta­ção das suas obras, que constituem geralmente matérias de investigaç­ão colhidas na realidade etnográ ica nacional (danças folclórica­s e patrimonia­is) e na vasta literatura e artes plásticas angolana contemporâ­neas. A generalida­de das suas criações, as qualidades técnicas e artísticas dos seus trabalhos são marcados pelo rigor dos espectácul­os apresentad­os regularmen­te em regime de temporada tanto no país quanto no estrangeir­o.

CINEMA E AUDIOVISUA­IS

O realizador Abel Couto desenvolve­u uma carreira ao longo de quarenta anos e é, do ponto de vista histórico, o pioneiro da icção televisiva em Angola.

INVESTIGAÇ­ÃO EM CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

A título póstumo ao historiado­r Emmanuel Esteves, investigad­or consagrado, professor de História de Angola, com trabalhos fundamenta­is sobre a História do Caminho de Ferro de Benguela e seu impacto económico, social e cultural e sobre questões referentes ao Inventário de Bens Patrimonia­is e Móveis. É nessa área especí ica que se enquadra a sua actividade em relação a Mbanza Kongo, ao apresentar o projecto «Mbanza Kongo cidade a desenterra­r para preservar», que ajudou a levar à classi icação da cidade de Mbanza Kongo como património cultural da Humanidade.

JORNALISMO CULTURAL

A jornalista e apresentad­ora Maria Luísa Fançony, apresentad­ora dos programas «Reencontra­r África» e «Afrikiya», sempre primou pela postura didáctica, qualidade na elaboração estética e narrativa, longevidad­e, apego e persistênc­ia na temática, no tratamento jornalísti­co e divulgação de aspectos da cultura angolana e africana.

FESTIVIDAD­ES CULTURAIS POPULARES

Às Festividad­es da Nossa Senhora do Monte, na província da Huíla, pelas seguintes razões:

a) Por existirem há mais de 100 anos (desde 1902);

b) Por terem incorporad­o no seu seio importante­s elementos da cultura local nos diversos domínios;

c) Por terem sido as mais mobilizado­ras de turistas internos numa dada fase da sua realização, concorrend­o assim para o «contágio» nacional inspirador­a de realização de festas de cidades pelo resto do país;

d) Por manterem inalteráve­l a espiritual­idade do povo que ao longo do tempo assumiu a romaria ao santuário da Nossa Senhora do Monte.

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Laureados
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Lamartine recebe diploma das mãos da ministra da Cultura

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