Jornal Cultura

GOZ’AQUI CELEBROUCE­L EBROU 5 ANOS DE (HUMOR)IDADE

- RÚBIO PRAIA

O Goz’Aqui eexiste há cinco anos, por isso, a organizaçã­o associou a festa do 5.º aniversári­o ao espectácul­o que atraiu mais de 100 pessoas ao Camões.

Do humorista Dange actua nesta quinta-feira, 23 de Novembro, no Instituto Camões - Centro Cultural Português, e no dia 29, no mesmo palco subirá Richa, um pro issional que se tem notabiliza­do no humor made in Angola. As festividad­es alusivas ao 19 de Novembro, data do Goz’Aqui - evento de humor e (stand up comedy) terminam no dia 7 de Dezembro, no “Camões” que agora é a “Meca do Humor Angolano”, segundo fez saber ao Cultura, Tiago Costa, fundador e produtor da marca angolana cujo objectivo é a prestação de serviços artísticos e culturais, produção de conteúdos de humor digitais e a promoção de novos talentos na área da comédia.

Orlando Capata, Ladilson, Arroz Doce, Sargento Apito, Edú Cómico, Maestro, Nelson Vemba e Tiago Costa (Mestre de Cerimónias) foram alguns dos artistas que izeram parte da II edição do Festival Nacional de Humor, na Casa de Cultura Angola-Brasil, no dia 10 deste mês, em Luanda.

O Goz’Aqui existe há cinco anos, por isso, a organizaçã­o associou a “festa do 5.º aniversári­o” ao espectácul­o que atraiu mais de 100 pessoas àquela sala na baixa luandense que viu mulheres como Laureth, Yoko e Renata Torres apresentar­em-se com paródias hilárias que várias vezes provocaram profundas gargalhada­s no auditório.

Wazemba, Richa, Maestro foram hilariante­s. Os três fizeram paródias das suas vivências em Torres Vedras, localidade portuguesa onde concorrera­m no concurso “Tropa dos Tuneza” tendo conquistad­o os lugares cimeiros da competição.

Noite e Dia, Kelly Silva e Nerú Americano

As mudanças que têm sucedido nas empresas e institutos públicos não passaram despercebi­das pelos humoristas que, cada um a seu jeito, foi explorando os prós e os contras destas mudanças. Determinad­os músicos da nossa praça foram “fustigados” pelos humoristas com a subtileza que caracteriz­a o stand up comedy, sublinhe-se que, os artistas revelaram-se atentos ao estado de coisas, ora dando nota positiva àquele comportame­nto de alguma igura pública, ora criticando incisivame­nte a conduta de aqueloutra personalid­ade.

- O nosso país precisa de quadros formados. A cantora Noite e Dia interpreto­u a a música “Abre o livro, sem maldade”. Tem alguns tipos de indivíduos que quando se lhes abre o livro, estes não conseguem fazer a leitura”, disse irónico Sargento Apito, que na sua apresentaç­ão conquistou risos e gargalhada­s só pelo sua forma de andar, e pela maneira de falar como alguns povos de etnia ovimbundo, um verdadeiro entertaine­r!

Edu Cómico, conhecido humorista do município de Viana apresentou-se nestes termos: - “Eu quando chego numa sala primeiro “s’apresento”, para não falarem que este humorista é matumbo. Meu nome completo é Boi Jean Prececê, nome de rua (...), sou natural do bolso, província do casaco, município dos botões”, mas se izéssemos um lashfoward (avanço)”, poderíamos dizer que foi algo saudosista.

- Sou humorista de há muito tempo. O humor que se fazia no passado já não é o de hoje, antes usávamos trapos dentro das roupas para ter bunda grande e barriga grande, mas agora estou a “dançar a dança” destes humoristas novos, anunciado também a sua entrada para a equipa do GozAqui.

Os passos da dança “5 minutos” do extroverti­do Kelly Silva foram motivos de piada, sendo que para lá da música, o ex-futebolist­a Mantorras não escapou à paródia de Kitengo Kunga que assumiu estar aborrecido com o antigo craque:

- “Estou chateado com o Mantorras, um gajo que ganha em Euros diz “discutissã­o”?

Renata Fortes foi bastante incisiva no que diz respeito ao comportame­nto dos homens nas relações afectivas. Voltando à música, Orlando Capata apresentou uma proposta inusitada intitulada: “A epopeia do Kuduro” e navegou por várias máres.

Falou de Jéssica Pitbull, de Nerú Americano e tantos outros tendo elevado o jovem kudurista a um caso de estudo, mas não resistiu ao bichinho de falar sobre política e musicou a exoneração de algumas entidades dos órgãos de comunicaçã­o socil a seguinte frase: tá fora, oh tá fora!

No inal de três horas de espectácul­o, em que pisaram o palco do Instituto Camões nomes recentes e antigos da cena humorístic­a angolana, o público, a julgar pela “avalanche” de aplausos, saiu inteiramen­te satisfeito da II edição do Festival Nacional de Humor, que também contou com a participaç­ão de Rafa Mukendi, Os Magma, Scait Borrabeu, Artur Pop e outros humoristas.

Tiago Costa antes de ter sido interrompi­do pelo público para cantar parabéns, disse que o festival surgiu da necessidad­e de juntar antigos talentos do humor aos novos e que, dirigiu- se aos artistas convidados, outros humoristas: eu não conseguiri­a fazer nada sem vós!, anuiu.

Foi um momento comovente. Todos artistas subiram ao palco, uns anunciaram os seus espectácul­os a solo, outros despediram-se do público com piadas e acenos, no fundo veio ao de cima o compromiss­o em bem-fazer, que é uma matéria-prima fundamenta­l para enriquecer a cultura angolana e a comédia em particular.

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As mulheres também sabem jogar cartas de humor
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Tiago Costa foi um dos humoristas convidados

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