Jornal Cultura

TRUMUNU MUSICAL LUANDENSE MARCA HOMENAGEM AOS BONGOS DO LOBITO Kiezos vs Jovens do Prenda com vitória da música angolana

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oi aberto o icialmente o Musonguê da Tradição época 2018 e para deleite dos apaixondos da música popular e urbana angolana, dois dos mais emblemátic­os conjuntos luandense pisaram o palco do Centro Cultural e Recreativo Kilamba.

Kiezos e Jovens do Prenda mais uma vez proporcion­aram o derby que para os amantes da música, carrega a mesma emoção que o clássico desportivo 1º de Agosto-Petro de Luanda. O trumunu foi antecedido pela homenagem aos Bongos do Lobito.

No palco do quintal mais famoso do bairro Nelito Soares, com os quitutes a mêrce dos convivas, a música ao vivo começou com os Bongos do Lobito, grupo que desaparece­u da cena musical, em 1975. Com a liderança de Boto Trindade, o único instrument­ista vivo da formação, subiram ao palco Zeca Moreno, Neto Cordeiro eJimbatrês artistas que têm nas suas trajectóri­as artísticas a parceria com os Bongos do Lobito. Joãozinho Morgado( tambores), Zeca Tririlene (ritmo), Carlos Timóteo (baixo), Josué (teclado), Zé Fininho (dikanza) e João Daloba ( bateria) acompanhar­ara, Boto Trindade, Zeca Moreno, Jimba e Neto Cordeiro. “Lena”, “Elovoko”, Spínola” e “Kazukuta” não apenas trouxeram a nostalgia, mas justi icaram a razão desta formçãolob­itanga, ter conquistad­o o seu lugar no mosaico musical nacional. Dois naturais de Benguela, que residem em Luanda, Pedro Fernandes e Luís Kandjimbo não esconderam a felicidade de voltar a ver a formação que os atraiu na música angolana.

O tira-teimas musical começou ao som dos Kiezos, Brando começou com um instrument­al, depois foram vários sucessos que ao longo de mais de meio século, a formação do Marçal produziu. “MuaPangu”; “Za boba”, dentre outros e o sucesso dos Kiezos do Sec XXI “Tia” na voz de Mister Kim não decepciona­ram a legião de seguidores desta instituiçã­o da cultura nacional. Manuelito, Mister Kim e Toni do Fumo Filho deram voz aos sucessos. Boto Trindade mais tarde juntou-se aos Kiezos para solar temas como “Memorias de Gui” e outros instrument­ais da principal referência dos Kiezos, Marito.

Habana Maior, Gége Faria, Zeca Tirilene e Dulce Trindade eram os outros instrument­itas que davam corpo aos sucessos dos Kiezos e que também acompanhar­am, Cristo. O miúdo das Cês, bem pertinho do Centro Kilamba cantou músicas que agitam a juventude como “Anjo da Minha”, “Na Minha Banda” e “Meu Bairro”. Era um momento de agitação pelos presentes, os a icionados dos Kiezos a irmavam que eles estavam a “levantar poeira”. Jornalista­s da nossa praça como Manuel Quizembo(LAC), Isaías Afonso( RNA), Afonso Quintas( Rádio Luanda), assim como o gestor do espaço Estevão Costa, produtor de eventos Yuri Simão, o ex-futebolits­a Teó ilo Moniz não escondiam a sua inclinação pelos marçalinos.

Quando os agora kota dos Jovens do Prenda subiram ao palco Didi da Mãe Preta não canjonjó e aqueceu o trumunu com “Ngongo” tque tem conquistad­o um público jovem na voz de Eddy Tussa. Didi da Mãe Preta e companheir­os demonstrar­am que não estavam para brincadeir­as. “Makamé”, “Samba Samba”, “Giendayamo­nami” “o tempo vai”, “Bela” e muitos hits marcaram a actuação dos senhores com raízes no mar.

Augusto Chacaya, Chico Montenegro, Baião e Didi da Mãe Preta, os ma- kotas têm potenciali­zdo os jovens Esteves Bento na percussão e Josué Rabuni nos teclados para a sonoridade que caracteriz­a os Jovens do Prenda. Dos fanáticos dos Jovitos, o escritor e jornalista Kagibangal­a, o apresentad­or “imparcial” Dom Caetano, José dos Santos (RTP África), AbiasSatec­o e Carlos Correia “Calili” estavam eufóricos.

Raidel, Lazároe Pedro cubanos têm sido presenças nos sopros dos Jovens do Prenda, mas deste derby imperou o fair-play e levaram a solidaried­ade cubana num tema dos Kiezos. De salientar que Luís Massy integrante dos Jovens do Prenda, afastado dos palcos há16 anos e voltou a apresentar-se no projecto Quatro MwangolesS­ax, icou de fora desta actuação.

No inal do derby, pelo semblante dos presentes o resultado do “trumunu” não foi um empate técnico, mas sim a vitória da música angolana e da “rivalidade mais salutar da cultura angolana”.

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Banda distinguid­a conseguiu encantar o público e recebeu ovações ao longo do espectácul­o
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Público marcou presença em mais uma edição do projecto
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Saxofonist­a deram um pouco da sua graça

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