ANGOLA 70 NOSTALGIA
DA MÚSICA NACIONAL NAL
Numa época em que a moda parapar a juventudetude são os famosos “Sunset” ou os “Arejos”, vibrando toda a adrenalina do “Kuduro”,”, “Afro-house” e de outros ritmos, os apreciadoreses reviveramr o som de temas marcanteses da chamada eraer dourada da música nacional, com o Conjunto Angola 70.
Numa época em que a moda para a juventude são os famosos “Sunset” ou os “Arejos”, festas que acontecem ao pôr-do-sol, onde os convivas vão de modo informal e escutam os sons que trazem a adrenalina do “Kuduro”, “Afro-house” e de outros ritmos, os apreciadores da música angolana feita nos anos 60 e 70 caíram no espírito desta onda, mas ao som de temas marcantes da chamada era dourada da música nacional, com o Conjunto Angola 70.
Foi na tarde do passado domingo (25) que o Goethe Institute, em parceria com a produtora ManoMano levou o Conjunto Angola 70 à Fortaleza de São Miguel. A instituição cultural afecta ao Governo Alemão ofereceu um inal de tarde com música angolana de qualidade de modo gratuito, algo que nem sempre as nossas autoridades e mecenas garantem à população. Esta iniciativa de pura “diplomacia cultural” respondeu aos interesses da República Federal da Alemanha, que teve como escudo o im da missão de Manuel Negwer e às boasvindas de GabrileeStiller-Kern como nova responsável do Goethe-Institute.
TeddyNsingui e Boto Trindade solistas mais respeitados começaram dedilhando instrumentais, “Pica Dedo” um original de Nito com os África Ritmos marcou esta primeira fase.
Legalize o ”Rastaman do Semba” e Mister Kim foram os cantores que deram vozes como: ”Lena”, ”NgandeNzoji”, ”Sofredora”, ”Mariana Yo”, ”Rosa Maria” e ”Ai UéNgongo”, clássicos que demonstram a criatividade de artistas e os conjuntos do passado.
O irreverente Hélder Mendes, músico mais inclinado para o Afrobeat, a Pop Music e Rock surpreendeu interpretando ”Kamata”, um lamento imortalizado por Taborda Guedes e rebuscou ”Colonial” que a geração mais nova conhece nas vozes de Waldemar Bastos e Carlitos Vieira, depois de absorverem do Ngola Ritmo.
Marito e Zé Kenu génios da guitarra angolana não icaram de fora do alinhamento musical com ”Muxima e ”Merengue 5 de Julho” (Camarada Pato Fora) proporcionando mais um momento da dupla de solista TeddyNsingui e Botto Trindade.
David Zé, Urbano de Castro, Óscar Neves, Artur Nunes, Os Kiezos, Jovens do Prenda, Os Bongos do Lobito, dentre outras referências da cena musical angolana fizeram parte do reportório preparado pelas altas patentes da música angolana.
Em temas como ”Fatimita”, ”Tia Sessa”, ”Comboio”, ” ”Mukongo”, ”Princesa Rita” e ”Mira Mira” provou-se que Dulce Trindade na guitarra ritmo e Carlos Timóteo ”Calili” segurando o baixo não dialogavam apenas com os solistas. A conversa rítmica estendia-se ao mestre da DikanzaRaúlTolingas, Chico Montenegro nos bongós. e a percussão de Joãozinho Morgado e Miguel Correia, ambos nos tambores, que faziam a marcação do semba
O Conjunto Angola 70 é um projecto de estrelas da música angolana que foi criado pelo produtor angolano Otiniel Silva da Mano a Mano Produções e o alemão SamyBenRedjeb (AnalogAfrica) que reúne instrumentistas que marcam o bom executar das sonoridades nacionais.
Os integrantes do projecto são autênticos ‘monstros sagrados’ do nosso meio musical, atendendo que passaram pelas principais formações musicais nacionais e com imprecisões nas gravações de artistas individuais, por isto considerado pelos organizadores como os “Generais do Semba”. Teddy ( guitarra solo do Conjunto Inter Palanca, 1 de Maio, Semba África, Banda Movimento, etc), Boto Trindade ( guitarra solo do Os Bongos do Lobito, Kiezos, Welwitchia, etc), Joãozinho Morgado ( percussionista dos Negoleiros do Ritmo, Os Merengues, Madizeza, etc), Tulinga (tocador de dikanza do África Show, Kissangela, Kiezos, Jovens do Prenda, Kituxi, etc), Dulce Trindade ( viola ritmo Mini Bossa, Águias Reais, Kiezos, Missangala DT, etc), Kalili ( baixista Águias Reais, Fapla Povo, Jovens do Prenda, etc) e Chico Montenegro ( bongos dos Jovens do Prenda e Fapla Povo). Actualmente ganharam o reforço de Correia percussionista da Banda Movimento com passagem pelos Jovens do Prenda e outras formações e de Legalize e Mister Kim dois cantores que conseguem interpretar canções do antigamente sem decepcionarem os mais radicais apreciadores das músicas feitas nesta época.
O Conjunto Angola 70, tem como propósito, a recuperação dos sons perdidos desta época, o que permite a perpetuação de acordes tocados em instrumentos de corda nos bairros e nas farras dos musseques de Luanda antiga. O primeiro concerto do Conjunto Angola 70 aconteceu em Maio de 2011, no espaço Elinga Teatro e visava apresentar temas da colectânea de música Angola Soundtrack, lançado em 2009 pela gravadora alemã AnalogAfrica. Em Npvembro de 2011realizou a sua primeira digressão pela Europa, participando em festivais de músicas, repetindo o feito um ano mais tarde. Segundo os produtores dar a conhecer ao mundo a música da época que marcou a viragem da história de Angola, entre os anos 60 e 70 (antes e depois da independência), vendendo o referido produto aos maiores produtores e promotores internacionais de espectáculos é o foco.
Já colaboraram com esta formação Mamukueno no primeiro concerto e digressão, Zecax que foi o vocalista na segunda digressão, Gregório Mulato, Zé Fininho e Mogue. O grupo foi retratado no documentário Angola Rio Loco de Nguxi dos Santos.