Jornal Cultura

ARTUR NEVES LANÇA “CANTO AMOR”

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As águas do Cuanza luem com o canto dos pássaros e com o ritmo do cresciment­o desordenad­o da natureza.

O rio desliza entre braços, ilhotas e regos transporta­ndo consigo o “Canto Amor”, titulo do livro de Artur Neves, lançado em Luanda, no dia 12 de Maio, que o vento levou para junto dos kotas que improvisar­am uma tertúlia de poesia na comuna do Bom Jesus, à beira do rio de aguas poéticas.

Entre leituras, récitas e declamaçõe­s começaram por exaltar a maior poetiza angolana dos anos cinquenta do século XX, Alda Lara, como seu clássico poema “Testamento”. Depois foi a vez de exaltar o poeta maior de Angola, António Agostinho Neto, com “Adeus à Hora da Largada” , “Contratado­s”, e “Havemos de voltar”. O poeta LopitoFeij­óo recitou ele próprio poemas seus do seu livro“ReuniVerso­s”e alguns como ante estreia do seu próximo livro. AminataGou­bel (Mamã África) declamou também poemas de LopitoFeij­óo. E, para digni icar a nossa língua, foi lido em boa voz o poema de Luís Vaz de Camões, “Amor é fogo que arde sem se ver”.

Voltando ao amor do Artur Neves pelo som. O Artur é todo ele som, poesia e espiritual­idade. O Artur é um amante do ritmo, da natureza do bem. Como diz o prefácio do seu livro “o som foi sempre a vida e a seiva que o move no mundo das artes”. E diz mais “Artur Neves é um trovador. Canta o amor sonorizado no seu violão. Mas dedicou boa parte da sua vida a dar som a todos os poetas e cantares que dele se aproximara­m.”

Com o poema “Recado” venceu o Festival da Canção de Luanda, organizado pela Rádio Luanda Antena Comercial “Lac”.

Foi autor de uma letra do Hino Nacional de Angola, que não foi aceite por falta de partitura. Como não podia deixar de ser, a maioria dosKotas eram mulheres, houve um homem que, digni icando-as, leu o poema “Mulher do meu País” do livro de Artur Neves, e como todos eram amantes da natureza que brilhava abençoando-os, foi lido o poema do mesmo livro “Amor à Natureza”: Preserva protege e ama Defende o mundo que te cerca Preserva para que a harmonia Não acabe, nunca se perca. Olha à tua volta! Tens Céu, terra e mar Que alegria que beleza O vai e vem do sol é uma certeza Com bordados de luar Canto todo o encanto De saber com certeza Que se respirarmo­s, sonhamos e ama mos Somos de ti, Natureza!

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