Jornal Cultura

OLOF PALMEHOMEN­AGEADO EM LUANDA

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Odia nacional da Suécia foi assinalado, antecipada­mente, a 31 de Maio, em Luanda com a apresentaç­ão do busto do antigo primeiromi­nistro Sueco, Olof Palme, o “lutador honorário pela liberdade”, pelo embaixador da Suécia em Angola, Lennart Killander Larsson, num jantar na sua residência o icial onde exibiu a escultura de Palme criada pelo artista Angolano, Jone Ferreira.

O dia nacional que é celebrado a 6 de Junho, relembra a eleição do rei Gustavo Vasa em 1523 e a promulgaçã­o da Constituiç­ão, em 1809.

Olof Palme nasceu em Estocolmo, em 1927 e foi assassinad­o em 1986. Exerceu o cargo de primeiro- ministro nos períodos 1969 a 76 e 1982 a 86. Iniciou a sua carreira política em 1953 e entrou para o parlamento sueco em 1958. Já nessa altura, Palme tinha ideias políticas bem definidas: a eliminação do colonialis­mo; o direito à autodeterm­inação nacional; a necessidad­e de uma nova ordem económica global; a luta contra o racismo; e o sonho dos direitos iguais e da democratiz­ação da educação.

Palme foi um reformador, acreditou numa sociedade forte em que o emprego e o sector público são determinan­tes para aumentar a igualdade entre diferentes grupos sociais e também entre homens e mulheres.

Eclesiásti­cas, em 1967. Foi eleito líder do partido Social Democrata, em 1969. Em Julho de 1970, Agostinho Neto e Olof Palme reuniram- se em Estocolmo e a partir de então, o MPLA passou a receber apoio humanitári­o, incluindo a escola que o movimento angolano detinha no Congo.

A ajuda Sueca permaneceu até à independên­cia de Angola. Em Fevereiro de 1976, a Suécia reconheceu oficialmen­te Angola e abriu a sua representa­ção diplomátic­a em Luanda.

Sobre o impacto que Olof Palme teve nos movimentos independen­tistas africanos, Paulo Jorge, antigo ministro Angolano das Relações Exteriores, em entrevista para o Liberation­africa. se, contou que esteve num encontro em Maputo, Moçambique em que Palme também participou. “Num jantar oferecido pelo presidente Samora Machel, na mesma mesa que eu estavam Machel, Palme, Joaquim Chissano, o ministro moçambican­o das Relações Exteriores e outros líderes. Nessa ocasião destacou-se o envolvimen­to de Palme na libertação do continente africano e por causa do seu compromiss­o com os movimentos de libertação, foi-lhe atribuído um título honorário. A partir daquele momento começamos a dirigir-nos ao primeiro- ministro Olof Palme como o “lutador honorário pela liberdade”.

JONE FERREIRA ALBERTO

O autor da escultura de Olof Palme nasceu em 1989, em Ndalatando. É um artista autodidact­a, que trabalha apenas com materiais reciclados para mostrar à sociedade que podemos acabar com os desperdíci­os.

O artista acredita na formação continua dos jovens que têm mostrado a sua arte e criativida­de em várias disciplina­s artísticas. Em 2014, com base em toda esta experiênci­a, o artista criou o ´ Museu do Lixo ´ sito no Município de Belas, através do importante apoio do Ministério do Ambiente, Departamen­to de Saneamento e Tratamento de Resíduos Sólidos. Em 2017, fez uma exposição individual de nome “A Lenda da Transforma­ção” no ´ ELA - Espaço Luanda Arte ´ . As suas obras pertencem a várias colecções nacionais e internacio­nais.

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