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SG DA ONU: “NEO-NAZISMO É UM CÂNCER QUE VOLTOU A ESPALHAR-SE PELO MUNDO”

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a inauguraçã­o da exposição sobre a Segunda Guerra Mundial, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, a irmou em Nova Iorque, em 9 de Maio, que actos para lembrar o con lito nunca foram tão signi icativos quanto actualment­e. Segundo o chefe da ONU, mais uma vez, o mundo é palco da proliferaç­ão do anti-semitismo e do neo-nazismo, descrito por Guterres como "um câncer". Na terça-feira (8), a rendição incondicio­nal da Alemanha completou 73 anos.

Lembrando que o confronto causou uma destruição "absolutame­nte inimagináv­el", Guterres ressaltou que a União Soviética foi, "de longe", o Estado com o maior número de sacri ícios durante o combate aos nazistas.

"Vemos um mundo em que con litos proliferam, em que tantas guerras estão acontecend­o. Portanto, acredito que é absolutame­nte essencial lembrar a todos nós as lições da Segunda Guerra Mundial que, para a União Soviética, foi considerad­a a Grande Guerra Patriótica", a irmou o secretário-geral durante a abertura de uma mostra na sede das Nações Unidas. Outro pro- blema, alertou o dirigente, é o reaparecim­ento de mensagens neo-nazistas.

"Vemos movimentos políticos que, ou confessam a sua iliação neo-nazista ou, no mínimo, usam a simbologia, as imagens, as palavras como "sangue e solo" (dos nazistas). Vemos isso ser repetido em manifestaç­ões em diferentes partes do mundo. Isso é um câncer que está começando a se espalhar novamente e acho que é nosso dever fazer todo o pos- sível para assegurar que essa doença horrível seja curada", enfatizou Guterres.

De acordo com o secretário-geral da ONU, "a memória de todos aqueles que conseguira­m derrotar o nazismo em 1954 nos permite derrotar qualquer forma de neo-nazismo nos dias de hoje". "Não podemos nos esquecer do pior crime dos nazistas, que foi, é claro, o Holocausto", lembrou o chefe do organismo internacio­nal. Junto com o neo-nazismo, disseminam-se também o anti-semitismo e outras formas de ódio, como a discrimina­ção direcciona­da aos muçulmanos.

"Eu espero sinceramen­te que as lições da vitória de Maio nos ajudarão a derrotar o ressurgime­nto de ideias e convicções que eu achava que estavam enterradas para sempre. É nosso dever fazer isso porque não podemos aceitar que essas ideologias retornem", completou Guterres.

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