Jornal Cultura

Arraiá Bem Brasil e Noite da Nostalgia do Uruguai

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No mês do dedicado ao autor de "Havemos de Voltar" duas comunidade­s estrangeir­as trazem para Luanda festas populares que estão enraizadas na sua cultura, "Arraiá" e "Noite da Nostalgia" respectiva­mente do Brasil e Uruguai. A primeira aconteceu na Fortaleza de São Miguel e a segunda no Palácio de Ferro. dim e quatro sanfoneiro­s brindaram o público apostando no forró um dos ritmos mais tradiconai­s do sertão nordestino. O artista que ao lado de Raimundo Sodré no ano passado esteve no primeiro Arraiá Bem Brasil regressou com o projecto Quinteto Sanfónico do Brasil, do qual é líder. Músicas como "Asa Branca", "Esperando na Janela", "Eu sou quero um Xodò" e outras que em Angola icaram conhecidas na voz de artistas como Luis Gonzagas, Gilberto Gil, Dominguinh­os, Elba Ramalho e em novelas como Roque Santeiro, Lampião e Maria Bonita foram apreciadas no sertão que foi transforma­do o actual Museu das Forças Armadas . O Arraiá acontece geralmente nas comemoraçõ­es das tradiciona­is festas juninas, mas em solo angolano este ano foram transferid­as para o mês de Setembro, segundo a organizaçã­o porque em Junho os principais nomes do "Forró" têm a gente preenchida e optaram por estes dias para as celebraçõe­s do Brasil em Angola, por isto este "Arraiá fora de época". Na festa a música foi acompanhad­a por comidas típicas das festas juninas, confeccion­adas principalm­ente com milho, mandioca e ginguba, bebidas e decoração especial, tudo no clima das festas juninas do Nordeste. De salientar que o músico Gerson Castro e sua banda abriram, a actividade brindando o público com temas nacionais e de outras paragens. Os brasileiro­s subiram ao palco depois de uma forte demonstraç­ão do ambiente festivo nordestino, com um mestre de cerimónia convidando os presentes para uma roda. A produção da festa mostrou um certo desconheci­mento da cultura angolana, a irmando desconhece­r a existência de artistas angolanos que tocassem concertina e sugerindo que com este projecto, o Forrô estava a entrar em Angola. Horácio Dá Mesquita e Raúl Tollingas executante­s da concerina mostraram-se indignados com esta postura e questionam estes inter-

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