Jornal Cultura

Como que se me apetecesse inventar

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como um disfarce para uns quantos nadas numa fornalha de lenços molhados, as lágrimas sempre presentes ensinaram o signi icado delas, por isso, tantas vezes ouvia de bem longe, sei lá de onde nem imagino sequer, mesmo de rastos amigo, corre!

A casa é um lugar vazio, vozes e nada mais são o silêncio irritante contra as paredes que escurecem o labirinto como que de um refúgio, este abrigo sentado para conversas calados com o tempo e visitar memórias escritas em todos os lados do corpo. As palavras são assim o recôndito na alma que apenas lutua a sua solidão repleta de todas as felicidade­s que delas nos alimentamo­s, bebemos nelas todas as naturezas e nem os escuros nos infernizam como o sapo do prédio ao lado ou grilo repetitivo no andar de baixo mas aqui, é tudo uma sucumbênci­a inebriada com os beijos adocicados pelas cabeças que ao longe me fazem chegar onde quiser sem que precise sequer de sair desta canto que me ilumina enquanto escrevo diásporas nesta vertigem criada para mim, talvez eu própria a tenha assim criado, coisas que às vezes e são tantas, me apetece alimentar. Ao som de qualquer melodia sem voz, irrita-me ouvir palavras disformes a confundire­m-me, a melodia eloquente é a água quente para um duche de sabores e limão misturado, sorver o odor do sabão escorrer-me as têmporas e sucumbir depois na água levada, sim, hoje, e talvez como sempre tem sido, apetece-me escutar a minha sanidade para que me entenda cada vez mais. Adoro o grito das ondas de todos os mares que conheço e desconheço. vbs

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