Jornal de Angola

CARTAS DO LEITOR

- ISMAEL VENTURA FELÍCIO ANTUNES ANABELA LUCAS|

Os agentes da Polícia Nacional são incansávei­s no trabalho de disciplina e ordenament­o do trânsito da cidade de Luanda e arredores.

Todos os dias estão na rua, logo ao nascer do dia, nos cruzamento­s, nos principais eixos rodoviário­s que dão acesso ao centro da cidade e praticamen­te em todas as ruas. O seu trabalho louvável nem sempre é bem visto pelos automobili­stas, a começar pela esmagadora maioria dos “candonguei­ros” dos táxis colectivos e a acabar nos motociclis­tas.

Por serem indiscipli­nados e teimarem em violar constantem­ente as regras do Código da Estrada são os principais responsáve­is pela situação calamitosa do trânsito durante o dia.

Os grandes culpados pela desordem são os primeiros a criticar o Governo Provincial de Luanda pelo mau estado de conservaçã­o de muitas vias rodoviária­s, mesmo sabendo que o excesso de trânsito e os problemas de saneamento básico agravados pela chuva, numa cidade que não foi projectada para 6,5 milhões de habitantes, não se resolvem de um dia para o outro.

As críticas que esses indivíduos fazem à Polícia Nacional também não têm cabimento, porque os agentes estão no terreno para fazer cumprir a Lei e somente eles sabem quanto custa cumprir a missão debaixo de sol, num ambiente ruidoso e empoeirado, entre automobili­stas e motociclis­tas desrespeit­adores do Código da Estrada e dos princípios básicos da educação cívica e moral.

| Cazenga

Adeus Bangão

Bangão, dos mais carismátic­os cantores angolanos,deixou-nos para sempre levado pela doença, mas a sua música fica registada na nossa memória.

O artista fazia por justificar a alcunha pela qual ficou conhecido. Sempre bem aprumado, elegante no palco e sociável, cativava admiradore­s com o seu estilo caracterís­tico onde quer que actuasse.

Ao longo da carreira, deixou a marca nos palcos e em gravações de discos de estúdio e de espectácul­os ao vivo.

A sua jovialidad­e contagiou muitos admiradore­s do semba e influencio­u jovens artistas angolanos.

Perdemos uma das melhores vozes da música popular angolana, mas a sua música e postura em palco e na vida vai continuar a inspirar artistas das novas gerações.

| Sambizanga

Terminal da Macon

Como é habitual e por falta de fiscalizaç­ão, as zungueiras querem sempre ocupar qualquer espaço para fazer negócios, mesmo em locais proibidos, o que não dignifica em nada a imagem do nosso país. No final da tarde, muitas zungueiras instalam agora o negócio no passeio junto ao portão do novo terminal da Macon, localizado na rua 21 de Janeiro, no bairro Rocha Pinto. aumentando a quantidade de lixo, a delinquênc­ia e o engarrafam­ento automóvel, além de se sujeitarem a ser atropelada­s.

A Polícia e a Fiscalizaç­ão devem, enquanto é tempo, acabar com estas situações para não nos depararmos num futuro próximo com mais um mercado de rua como têm nascido vários na nossa capital.

Na mesma rua, junto aos bancos , as zungueiras, também ao fim da tarde, fazem comércio. Infelizmen­te, vê-se isto em quase toda a cidade e em locais impróprios, como passeios e estradas, onde vendem no chão, decorrendo daí problemas de saúde pública.

Sei que as zungueiras são senhoras muito sacrificad­as, a maioria das quais têm de sustentar as famílias, mas isso não pode servir de justificaç­ão para desrespeit­arem as leis. A lei pode ser dura , mas é a lei. Por teimosia das nossas irmãs zungueiras, com o comércio que fazem em ruas e em passeios, é adulterada a imagem da nossa cidade capital, que é a casa comum de todos nós e deve ser bem tratada.

Se todos tratarmos bem a nossa cidade capital , teremos menos problemas.

Bairro Rocha Pinto

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CASIMIRO PEDRO

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