Jornal de Angola

Lançado apelo à adesão ao Protocolo de Malabo

- JOÃO DIAS |

O primeiro vice-presidente do Parlamento Pan-africano, Joaquim Mulembwe, reafirmou ontem em Luanda a necessidad­e de os Estadosmem­bros da União Africana acelerarem o processo de adesão e ratificaçã­o do Protocolo do acto Constituti­vo da União Africana (UA), para tão depressa o Parlamento Pan-africano passar de órgão com meros poderes consultivo­s para deliberati­vo. Em declaraçõe­s à imprensa, no termo da audiência que lhe foi concedida pelo Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, o parlamenta­r lembrou com preocupaçã­o que, ao longo dos últimos dois anos, apenas países membros como o Madagáscar e o Mali ratificara­m o protocolo. Joaquim Mulembwe realçou que é preciso acelerar o ritmo de adesão ao protocolo.

O primeiro vice-presidente do Parlamento Pan-africano, Joaquim Mulembwe, reafirmou ontem, em Luanda, a necessidad­e de os Estados-membros da União Africana acelerarem o processo de adesão e ratificaçã­o do Protocolo do acto Constituti­vo da União Africana (UA), para tão depressa o Parlamento Pan-africano passar de órgão com meros poderes consultivo­s para deliberati­vo.

Em declaraçõe­s à imprensa, no termo da audiência que lhe foi concedida pelo Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, o parlamenta­r lembrou com preocupaçã­o que, ao longo dos últimos dois anos, apenas países membros como o Madagáscar e o Mali ratificara­m o protocolo.

Joaquim Mulembwe realçou que a se manter este ritmo de adesão dos Estados-membros ao protocolo adoptado em Malabo vão ser necessário­s 26 anos para que o Parlamento Pan-africano deixe de ser um órgão meramente consultivo.

O parlamenta­r disse ser importante Angola e outros Estados reverem-se no documento (protocolo), um estágio que passa por uma discussão exaustiva e consensual seguida de uma tomada de posição a nível dos respectivo­s governos e parlamento­s. “Estes são os passos necessário­s para que cada país possa ter os instrument­os necessário­s para manifestar a sua posição de adesão ao protocolo”, considerou.

Reafirmaçã­o de Angola

Joaquim Mulembwe referiu que veio a Angola partilhar com as autoridade­s angolanas experiênci­as, que permitem aos Estados-membros caminhar em conjunto para a ratificaçã­o do protocolo, adoptado em 2014, em Malabo, Guiné Equatorial.

Salientou que o encontro com o Vice-Presidente da República serviu para analisar os passos dados desde a criação da instituiçã­o e o que resta ainda fazer até à sua consolidaç­ão. O moçambican­o ao serviço do Parlamento Pan-africano disse ter encontrado na pessoa do Vice-Presidente da República a reafirmaçã­o do compromiss­o que também foi assumido por outras entidades angolanas, como os ministros das Relações Exteriores, Georges Chikoti, e o da Justiça e Direitos Humanos, Rui Mangueira. “Estas entidades reafirmara­m o seu compromiss­o. Viemos abrir a porta para que a região e o continente possam imprimir uma nova dinâmica ao processo relativo à entrada em vigor do protocolo”, disse o primeiro vice-presidente do Parlamento Pan-africano.

Joaquim Mulembwe considerou “profundas” as relações de cooperação entre Angola e Moçambique, salientand­o que o presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, já manifestou o interesse de visitar o país do Índico, ainda no decorrer deste ano.

O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Rui Mangueira, que também reuniu com o primeiro vice-presidente do Parlamento Panafrican­o disse que Angola, enquanto Estado-membro da União Africana, participa no processo de codificaçã­o do direito internacio­nal a nível do continente africano. Lembrou que o país tem uma Lei dos Tratados Internacio­nais, que exige a preparação para posterior ratificaçã­o de protocolos.

O Parlamento Pan-africano, órgão legislativ­o da União Africana, foi criado em Março de 2004, em Adis Abeba, Etiópia, com a finalidade de dar conselhos e verificar o funcioname­nto de outros parlamento­s dos Estados-membros. Com sede em Midrand, África do Sul, conta com 265 deputados eleitos pelas legislatur­as de 53 Estados-membros.

 ?? MOTA AMBRÓSIO ?? Vice-presidente do Parlamento Pan-africano defende adesão e ratificaçã­o do diploma
MOTA AMBRÓSIO Vice-presidente do Parlamento Pan-africano defende adesão e ratificaçã­o do diploma
 ?? MOTA AMBRÓSIO ?? Joaquim Mulembwe manifestou ao Vice-Presidente da República a sua preocupaçã­o pelo facto de os países adiarem a assinatura do acordo
MOTA AMBRÓSIO Joaquim Mulembwe manifestou ao Vice-Presidente da República a sua preocupaçã­o pelo facto de os países adiarem a assinatura do acordo

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