Avaliados projectos solidários
Uma delegação do Fundo Soberano de Angola (FSDEA) chefiada pelo presidente do Conselho de Administração, José Filomeno dos Santos, avaliou em Benguela o programa oftalmológico e de tratamento da lepra implementado pela Solidariedade Evangélica (SOLE). No final da visita, José Filomeno dos Santos, que se fez acompanhar pelo vice-governador Victor Moita, considerou importante a parceria e um serviço social de grande valia.
Uma delegação do Fundo Soberano de Angola (FSDEA) chefiada pelo presidente do Conselho de Administração, José Filomeno dos Santos, avaliou em Benguela o programa oftalmológico e de tratamento da lepra implementado pela Solidariedade Evangélica (SOLE).
No final da visita, José Filomeno dos Santos, que se fez acompanhar pelo vice-governador de Benguela para a área de infra-estruturas, Victor Moita, considerou a parceria de importante e um serviço social de grande valia.
“É um serviço de prevenção no que toca ao atendimento às pessoas que têm lepra ou sofram de cataratas”, disse, acrescentando que o serviço é fundamental para aqueles que não tenham capacidade económica.
Questionado sobre a impressão com que ficou relativamente ao trabalho que vem sendo desenvolvido pela SOLE no tratamento da lepra, referiu que ficou comovido por saber que os portadores da deficiência sofrem bastante discriminação. Para José Filomeno dos Santos, um dos aspectos que deve ser apoiado é o da disseminação de mais informação sobre a enfermidade, para que os cidadãos que dela padecem se sintam mais à vontade na transmissão da sua condição de saúde e possam beneficiar de tratamento adequado.
Iniciado em 2013, o projecto de tratamento de pessoas com lepra e doenças do fórum oftalmológico a cargo da Solidariedade Evangélica (SOLE) está avaliado em mais de 600 mil dólares. Concluído em Junho e actualmente em fase de avaliação, o projecto sobre doenças oftalmológicas aguarda por uma prorrogação, enquanto em relação à lepra o projecto está a financiar uma parceria entre a Solidariedade Evangélica com a Associação de Pessoas atingidas pela Lepra (ARPAL).
De acordo com Faustino Mandaleva, secretário-geral da SOLE, a lepra deixa muitas sequelas, que constituem a razão do estigma, da discriminação e a exclusão nas comunidades. “Quando a lepra é detectada, antes de criar esses danos, ela é curável. O tratamento é gratuito, mas é necessário que se passe a informação às comunidades”, alertou o secretário-geral da SOLE.
O projecto, que está a ser implementado pela SOLE, na área de oftalmologia no Centro da Boavista, localizado em Benguela, através dos seus cirurgiões, tem operado em vários hospitais e clínicas religiosas em todo o país, utilizando técnicas de micro-incisão e faco-emulsificação.
Além de Benguela, onde funciona o centro administrativo, as intervenções realizam-se igualmente no Zaire, Cunene, Huambo, Bié, Cuando Cubango, Lunda Sul e Cuanza Sul, que funcionam como centros de apoio. Em 2014, o projecto realizou 25 mil consultas em 10 mil centros de expansão, que permitiram a realização de mais de três mil cirurgias e o atendimento de mil pacientes. De Janeiro a Junho, altura da conclusão do projecto, estavam realizadas 9.233 consultas e 1.044 cirurgias a cataratas.
No reforço do tratamento oftalmológico e da lepra, a SOLE conta com a parceria da Igreja Evangélica Baptista em Angola, a Igreja Católica, a Igreja Evangélica Congregacional em Angola e a Igreja Evangélica Convenção Baptista de Angola.
O Fundo Soberano de Angola é uma instituição autónoma do Estado angolano, estabelecido de acordo com os padrões internacionais de governação que tem vindo a diversificar a sua carteira de investimentos em vários ramos económicos e classes de activos financeiros, de acordo com a sua política de investimentos.