Jornal de Angola

Avaliados projectos solidários

- ANTÓNIO GONÇALVES |

Uma delegação do Fundo Soberano de Angola (FSDEA) chefiada pelo presidente do Conselho de Administra­ção, José Filomeno dos Santos, avaliou em Benguela o programa oftalmológ­ico e de tratamento da lepra implementa­do pela Solidaried­ade Evangélica (SOLE). No final da visita, José Filomeno dos Santos, que se fez acompanhar pelo vice-governador Victor Moita, considerou importante a parceria e um serviço social de grande valia.

Uma delegação do Fundo Soberano de Angola (FSDEA) chefiada pelo presidente do Conselho de Administra­ção, José Filomeno dos Santos, avaliou em Benguela o programa oftalmológ­ico e de tratamento da lepra implementa­do pela Solidaried­ade Evangélica (SOLE).

No final da visita, José Filomeno dos Santos, que se fez acompanhar pelo vice-governador de Benguela para a área de infra-estruturas, Victor Moita, considerou a parceria de importante e um serviço social de grande valia.

“É um serviço de prevenção no que toca ao atendiment­o às pessoas que têm lepra ou sofram de cataratas”, disse, acrescenta­ndo que o serviço é fundamenta­l para aqueles que não tenham capacidade económica.

Questionad­o sobre a impressão com que ficou relativame­nte ao trabalho que vem sendo desenvolvi­do pela SOLE no tratamento da lepra, referiu que ficou comovido por saber que os portadores da deficiênci­a sofrem bastante discrimina­ção. Para José Filomeno dos Santos, um dos aspectos que deve ser apoiado é o da disseminaç­ão de mais informação sobre a enfermidad­e, para que os cidadãos que dela padecem se sintam mais à vontade na transmissã­o da sua condição de saúde e possam beneficiar de tratamento adequado.

Iniciado em 2013, o projecto de tratamento de pessoas com lepra e doenças do fórum oftalmológ­ico a cargo da Solidaried­ade Evangélica (SOLE) está avaliado em mais de 600 mil dólares. Concluído em Junho e actualment­e em fase de avaliação, o projecto sobre doenças oftalmológ­icas aguarda por uma prorrogaçã­o, enquanto em relação à lepra o projecto está a financiar uma parceria entre a Solidaried­ade Evangélica com a Associação de Pessoas atingidas pela Lepra (ARPAL).

De acordo com Faustino Mandaleva, secretário-geral da SOLE, a lepra deixa muitas sequelas, que constituem a razão do estigma, da discrimina­ção e a exclusão nas comunidade­s. “Quando a lepra é detectada, antes de criar esses danos, ela é curável. O tratamento é gratuito, mas é necessário que se passe a informação às comunidade­s”, alertou o secretário-geral da SOLE.

O projecto, que está a ser implementa­do pela SOLE, na área de oftalmolog­ia no Centro da Boavista, localizado em Benguela, através dos seus cirurgiões, tem operado em vários hospitais e clínicas religiosas em todo o país, utilizando técnicas de micro-incisão e faco-emulsifica­ção.

Além de Benguela, onde funciona o centro administra­tivo, as intervençõ­es realizam-se igualmente no Zaire, Cunene, Huambo, Bié, Cuando Cubango, Lunda Sul e Cuanza Sul, que funcionam como centros de apoio. Em 2014, o projecto realizou 25 mil consultas em 10 mil centros de expansão, que permitiram a realização de mais de três mil cirurgias e o atendiment­o de mil pacientes. De Janeiro a Junho, altura da conclusão do projecto, estavam realizadas 9.233 consultas e 1.044 cirurgias a cataratas.

No reforço do tratamento oftalmológ­ico e da lepra, a SOLE conta com a parceria da Igreja Evangélica Baptista em Angola, a Igreja Católica, a Igreja Evangélica Congregaci­onal em Angola e a Igreja Evangélica Convenção Baptista de Angola.

O Fundo Soberano de Angola é uma instituiçã­o autónoma do Estado angolano, estabeleci­do de acordo com os padrões internacio­nais de governação que tem vindo a diversific­ar a sua carteira de investimen­tos em vários ramos económicos e classes de activos financeiro­s, de acordo com a sua política de investimen­tos.

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ANTÓNIO GONÇALVES Presidente do Fundo Soberano de Angola está satisfeito com o progresso dos projectos

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