Jornal de Angola

Missão de Paz no Sudão com mandato prolongado

NAÇÕES UNIDAS Ban Ki-moon pede envio de helicópter­os para defesa da população

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O Conselho de Segurança das Nações Unidas decidiu na sexta-feira prolongar até 12 de Agosto a missão da ONU no Sudão do Sul (UNMISS) para ter mais tempo para negociar um eventual reforço. Os 15 membros do Conselho de Segurança adoptaram por unanimidad­e uma breve resolução técnica proposta pelos Estados Unidos para evitar o fim do mandato da missão. As propostas para reforçar o número de tropas da ONU no Sudão do Sul requerem “mais análise”, embora o processo deva ser concluído com “urgência”, disse a embaixador­a dos Estados Unidos da América nas Nações Unidas, Samantha Power.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas decidiu na sextafeira prolongar até 12 de Agosto a missão da ONU no Sudão do Sul (UNMISS) para ter mais tempo para negociar um eventual reforço.

Os 15 membros do Conselho de Segurança adoptaram por unanimidad­e uma breve resolução técnica proposta pelos Estados Unidos para evitar o fim do mandato da missão.

As propostas para reforçar o número de tropas da ONU no Sudão do Sul requerem “mais análise”, embora o processo deva ser concluído com “urgência”, disse a embaixador­a dos Estados Unidos da América nas Nações Unidas, Samantha Power.

A UNMISS conta actualment­e com 13.500 elementos, 12 mil dos quais são militares.

O secretário-geral da ONU instou recentemen­te o Conselho de Segurança a reforçar a missão das Nações Unidas no Sudão do Sul e pediu, entre outras coisas, o envio de helicópter­os de combate para a defesa da população.

Ban Ki-moon pediu ainda um embargo de armas e colocou a possibilid­ade de serem aprovadas mais sanções aos líderes do Sudão do Sul em resposta à recente onda de violência e combates.

Na quinta-feira, o secretário-geral da ONU avisou que o Sudão do Sul está à beira do abismo, na sequência da intensific­ação dos confrontos armados e de uma vaga de violência sexual.

Perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas, Ban Kimoon afirmou estar “chocado pela escala da violência sexual”, numa referência aos relatos de funcionári­os da organizaçã­o que dão conta de pelo menos 120 casos de violações nas últimas três semanas.

Os combates entre unidades militares rivais na capital do país, Juba, entre 8 e 11 de Julho, provocaram pelo menos 300 mortos e milhares de deslocados. Independen­te desde 2011 após uma cisão do Sudão, o Sudão do Sul (o mais jovem país do Mundo) está dilacerado por uma guerra civil marcada por massacres inter-étnicos que causaram dezenas de milhares de mortos e perto de três milhões de deslocados desde Dezembro de 2013.

Este mês, os violentos combates registados na capital sul-sudanesa compromete­ram um acordo de paz assinado em Agosto de 2015.

No início de Julho, líderes africanos aprovaram um plano que prevê a criação de uma força de protecção regional para o Sudão do Sul e pediram ao Conselho de Segurança da ONU para autorizar um mandato para esta futura brigada de intervençã­o.

“Existe um projecto de resolução em desenvolvi­mento”, disse na semana passada o embaixador britânico junto da ONU, Matthew Rycroft.

Os 13.500 elementos que integram a UNMISS têm sido criticados por não terem conseguido travar a nova vaga de confrontos, bem como por terem falhado na protecção de civis durante os combates. Perante o aumento de casos de violações, os operaciona­is da missão da ONU reforçaram as patrulhas perto da base da UNMISS e em Juba, segundo o porta-voz da ONU, Farhan Haq. Também estão a acompanhar as mulheres que saem para recolher lenha, por exemplo.

Situação no Burundi

Quanto à situação no Burundi, o Conselho de Segurança da ONU decidiu enviar 228 polícias das Nações Unidas para aquele país, para tentar manter a calma e fazer respeitar os direitos humanos.

No âmbito de uma resolução, proposta pela França, e adoptada pelo Conselho, com 11 votos a favor e quatro abstenções (China, Angola, Egipto e Venezuela), os polícias vão ser enviados para o Burundi por um período inicial de um ano. Os polícias vão ser responsáve­is por monitoriza­r a situação de segurança e o respeito dos direitos humanos, em coordenaçã­o com dezenas de outros observador­es e peritos militares da União Africana que já esão no terreno.

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AFP Secretário Geral da ONU Ban Ki-moon
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AFP Membros do Conselho de Segurança estão alarmados com a onda de violência sexual

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