Portal da urbanização é lançado em breve pelo Governo da província
do homem com a natureza.
A Cidade do Sal vai disponibilizar parcelas de terra para investimentos junto ao mar, com as quais, “os que tiverem habilidades profissionais vão ganhar dinheiro”, disse o governador. O Governo Provincial de Benguela lança, em breve, o portal deste projecto, para que os angolanos e outros interessados em investir tenham contacto com os pormenores da iniciativa.
O projecto da Cidade do Sal, tal como o plano director do Lobito, enquadra-se na política de desenvolvimento e expansão urbana da região litoral da província de Benguela. Cabo da Boa Esperança, na África do Sul, à ao paralelo 16º Sul da costa africana, onde se desvia para Oeste em direcção ao Brasil, onde se torna parte das correntes equatoriais. As águas frias e ricas em nutrientes ascendem de profundidades de 200 a 300 metros e promovem o desenvolvimento do plâncton que, por sua vez, sustenta o ecossistema produtivo da Benguela.
Isaac do Anjos afirmou que, no meio das dificuldades provocadas pela crise económica e financeira, este tipo de projectos oferece oportunidades de trabalho e de realização pessoal. “Já sentimos o pulsar da juventude, que pretende ter uma parcela de terra nesta localidade”, referiu.
O projecto, acrescentou, define as metas e acções a executar, com uma abordagem integrada dos principais problemas da futura cidade, com o aproveitamento dos recursos naturais e humanos, aliado à política do Executivo, no sentido de garantir que todos os cidadãos tenham acesso à habitação, saneamento básico, infra-estruturas urbanas e serviços públicos.
A produção de sal e a pesca são as actividades que mais contribuem para a subsistência da população da Baía Farta. O peixe seco e congelado e o sal são os principais produtos da região comercializados em Benguela e outras províncias.
Como o nome indica, a Baía Farta é uma zona de grande abundância e variedade de peixe, pelo que a indústria ligada ao mar ganha aqui importância vital.
O município está a reorganizar o mercado de sal de modo a tirar proveito das condições climáticas propícias para esta indústria. O Governo apoia os empresários locais que apostam na melhoria da produção, processamento e embalagem. Seis novos empreendimentos iniciaram a actividade produtiva.
Uma dessas unidades de processamento de sal, ligada às salinas Calombolo, do empresário Adérito Frias, inaugurada pela ministra das Pecas, Victotria Neto, resultante de um investimento de 10 milhões de dólares, tem capacidade para empacotar 30 toneladas de sal por hora.
A Universidade Piaget e as salinas Calombolo assinaram um contrato de assistência técnica para o controlo da qualidade do sal.
Benguela lidera a indústria do sal no país, com 26.873 das 47.845 toneladas produzidas em 2015. Domingo, 31 de Julho de 2016