Plataforma transfronteiriça em construção no Moxico
Uma Plataforma Logística transfronteiriça vai ser construída no Luau, província do Moxico, assegurada pela linha do Caminhode-Ferro de Benguela que o aproxima da República Democrática do Congo e da Zâmbia, anunciou, no Luena, o ministro dos Transportes, Augusto Tomás, na abertura de uma conferência sobre a Rede de Plataformas Logísticas.
Uma plataforma logística transfronteiriça vai ser construída no município do Luau, província do Moxico, assegurada pela linha do Caminho-de-Ferro de Benguela, que o aproxima à República Democrática do Congo e à Zâmbia, anunciou, no sábado, naquela circunscrição, o ministro dos Transportes.
Augusto da Silva Tomás, que falava no acto de abertura da Conferência “A Rede Nacional de Plataformas Logísticas”, disse que a plataforma logística transfronteiriça do Luau constitui, no seu conjunto, uma frente íntegrada multipolar e multivariada nas relações económicas com os países vizinhos.
Nesta perspectiva, o governante considerou fundamental a construção desta importante infra-estrutura, pelo facto de muitos países da região dos grandes lagos e outros da África Austral não possuírem fronteiras marítimas, sublinhado que tal infra-estrutura pode vir a desempenhar uma função determinante e constituir um factor de atracção do comércio internacional, tanto na vertente da importação como da exportação.
O ministro dos Transportes referiu que no quadro das plataformas logísticas, está prevista a criação de 44 plataformas de primeiro ao terceiro nível de tipologias urbanas, regionais, portuárias, transfronteiriças e centros de carga aérea nos principais aeroportos nacionais.
Neste sentido, o ministro dos Transportes referiu que a localização actual e prevista da actividade económica do investimento público e privado conduzem ao seu posicionamento estratégico nos eixos de cruzamento das vias de comunicação terrestre (sistemas rodoviário e ferroviário), aéreas e marítimas, configurando a integração e a complementaridade das redes modais de transporte e a rede de plataformas logísticas.
O ministro dos Transportes assegurou que a construção desta rede logística regional ira transformar por completo a realidade económica das vastas regiões de influência, que não se circunscrevem apenas aos seus efeitos internos, em Angola, projectando-se profundamente para o interior do continente, através das infra-estruturas rodoviárias e ferroviárias.
“Estamos certos de que as plataformas transfronteiriças são um factor incontornável de atracção de investimentos, não só para as províncias onde se localizam mas, em geral, para a própria economia angolana”, disse Augusto da Silva Tomás, que disse acreditar que com a construção destas infra-estruturas há mais postos de trabalhos, permitindo que uma parte da população, actualmente sem ocupação, empregue em actividades precárias em serviços de baixo rendimento, passam a ter um trabalho credível com acesso facilitado a uma ocupação adequadamente, remunerada, estável e com carácter permanente.
Para o ministro dos Transportes, as plataformas logísticas transfronteiriças assumem-se como a “guarda avançada” da logística nacional junto às fronteiras com todos os países com os quais Angola partilha regiões fronteiriças comuns, assim como relevam as suas características territoriais com o objectivo principal de dinamizar as relações comerciais e económicas bilaterais.
O governador provincial do Moxico, João Ernesto dos Santos, que proferiu a mensagem de boas vindas, disse que o encontro ilustra de forma clara as políticas e estratégias que o Ministério dos Transportes tem vindo a realizar para a diversificação da economia.
João Ernesto dos Santos considerou importante a construção da plataforma logística transfronteiriça do Luau, referindo de tal infraestrutura vai contribuir para o desenvolvimento económico e social não só da província do Moxico, como da região leste e dos países que fazem fronteira com Angola.