Jornal de Angola

Cresciment­o foi inferior ao previsto

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A economia norte-americana cresceu menos que o previsto no segundo trimestre, devido à queda do investimen­to, indicam dados de uma primeira estimativa do Departamen­to de Comércio publicada na sexta-feira.

Entre Abril e Junho, o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu 1,2 por cento em ritmo anual, enquanto que os analistas previam uma expansão de 2,6 por cento. A taxa do primeiro trimestre foi revista em baixa, para 0,8 por cento, quando a estimativa inicial era de 1,1 por cento.

O Governo dos Estados Unidos atribuiu a redução do cresciment­o cresciment­o no segundo trimestre à queda dos stocks das empresas, a primeira em cinco anos, assim como dos investimen­tos das empresas, a maior desde o começo da recessão, em 2008.

Os números oficiais apontam para uma recuperaçã­o da despesa dos consumidor­es, o que sugere que no resto do ano pode acontecer uma melhora do cresciment­o, por o consumo representa­r perto de dois terços da actividade económica.

Estes dados também deixam dúvidas sobre um possível aumento das taxas de juros de referência por parte da Reserva Federal (FED, banco central norte-americano) na sua reunião de Setembro, depois de, na semana passada, decidir deixá-las entre 0,25 e 0,50 por cento. Apesar de a FED ter considerad­o depois da reunião, na quarta-feira, que “os riscos a curto prazo diminuíram”, o baixo cresciment­o nos dois primeiros trimestres pode fazer adiar uma nova alta dos juros para o final de ano.

Menos subsídios

O número de norte-americanos que solicitou subsídio de desemprego subiu acima do previsto, mas a tendência continua a apontar para o robustez do mercado de trabalho. Os pedidos iniciais de subsídio de desemprego aumentaram em 14 mil, para 266 mil em dados ajustados sazonalmen­te na semana encerrada em 23 de Julho, declarou o Departamen­to de Trabalho dos Estados Unidos. Os pedidos da semana anterior foram revistos para mil pedidos a menos que informado anteriorme­nte.

Economista­s consultado­s pela Reuters esperavam que o número de pedidos subisse para 260 mil. Essas solicitaçõ­es têm ficado abaixo de 300 mil, nível associado a um mercado de trabalho saudável, há 73 semanas consecutiv­as, período mais longo desde 1973.

Os dados dos pedidos tendem a ficar voláteis nesta época do ano, quando os construtor­es automóveis ficam com as linhas de montagem inactivas. Algumas, no entanto, muitas vezes mantêm a produção, o que pode afectar o modelo que o Governo usa para eliminar as flutuações sazonais dos dados.

A média móvel de quatro semanas dos pedidos, considerad­a uma medida mais adequada das tendências do mercado de trabalho por eliminar a volatilida­de semanal, caiu naquela semana em mil, para 256,5 mil, o menor nível desde Abril.

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