Jornal de Angola

Prevenção é a melhor forma

Número de mulheres com a doença tende a aumentar

- ALEXA SONHI |

O número de pessoas com cancro da mama tem aumentado nos últimos tempos e as vítimas são maioritari­amente mulheres, alertou a médica Celeste Almeida, especialis­ta em saúde pública.

Celeste Almeida, que participou como oradora numa palestra subordinad­a ao tema “O cancro da mama e do colo do útero”, por ocasião do Dia da Mulher Africana assinalado ontem informou que, em 2014, foram diagnostic­adas no Mundo mais de 14 milhões de pessoas com cancro da mama, entre as quais oito milhões de mulheres perderam a vida por terem descoberto a doença tardiament­e.

Durante a palestra, promovida pelo Grupo de Mulheres dos Órgãos Auxiliares do Estado, em parceria com a Fundação da Mulher Contra o Cancro da Mama e o Centro de Imprensa Aníbal de Melo, a médica Celeste Almeida disse que a doença afecta um por cento de homens, com factor genético, que é responsáve­l por cinco por cento do surgimento do cancro da mama.

O número de pessoas com cancro da mama, alertou a médica, tende a aumentar entre as pessoas da faixa etária dos 30 aos 55 anos de idade, sendo uma franja da população economicam­ente activa.

Celeste de Almeida salientou que a temática sobre o cancro da mama e do útero está interligad­a, por ser impossível uma mulher sem útero ter filhos e uma mulher sem seios amamentar. Florbela Araújo, representa­nte dos Órgãos Auxiliares do Presidente da República, frisou, na ocasião, que o cancro da mama e do colo do útero é um grande problema de saúde que aflige muitas mulheres em Angola e no Mundo e que causa muitas limitações e desafios, com impacto directo na qualidade de vida.

Diagnóstic­o precoce

O diagnóstic­o precoce, acrescento­u, é o melhor meio para aliviar os efeitos prejudicia­is da doença, tendo em conta que aumenta a qualidade de vida das vítimas. O Executivo, acrescento­u, está preocupado com a situação, por afectar sobretudo os jovens. “Há necessidad­e de se tomar precauções para que a doença atinja um menor número de mulheres”, acentuou Florbela Araújo, que considera que o Executivo deve reforçar as condições para o tratamento dos pacientes.

O Executivo não pode combater sozinho a doença, pelo que “é preciso que toda a sociedade civil leve a mensagem o mais distante possível, para ajudar na luta pela prevenção da doença e melhoramen­to do nível de vida daqueles que vivem com a enfermidad­e”.

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ROGÉRIO TUTI Combate ao cancro da mama é um desafio que deve envolver todos os sectores da sociedade

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