A origem dos faróis de navegação
Utilizados desde a Antiguidade, quando eram acesas fogueiras ou grandes luzes de azeite (de oliveira ou de baleia), os faróis foram concebidos para avisar os navegadores que se estavam a aproximar da terra, ou de porções de terra que irrompem pelo mar adentro.
As fontes de alimentação da luz foram melhorando, tendo sido o azeite substituído pelo petróleo e pelo gás, e posteriormente pela electricidade. Paralelamente, foram inventados vários aparelhos ópticos, que conjugavam espelhos, reflectores e lentes, montados em mecanismos de rotação, não só para melhorar o alcance da luz, como para proporcionar os períodos de luz e obscuridade, que permitiam distinguir um farol de outro.
O primeiro farol de que se tem registo é o de Alexandria, construído em 280 a.C. na ilha de Faros. Os romanos também construíram diversos faróis ao longo do Mar Mediterrâneo, Mar Negro e o Oceano Atlântico. Mas, com a derrocada do Império Romano do Ocidente, o comércio marítimo diminuiu e os faróis romanos desapareceram.
Somente no século XI os faróis passariam a renascer na Europa Ocidental e, com a expansão marítima das grandes navegações, para o “novo mundo”. Um dos faróis dessa nova era dos faróis era a Lanterna de Génova, cujo faroleiro era Antônio Colombo, tio do navegador Cristóvão Colombo, por volta de 1450. Actualmente, são construções de alvenaria que incluem, além da torre (geralmente redonda para minimizar o impacto do vento na estrutura), a habitação do faroleiro, armazéns, casa do gerador de emergência e a “casa da ronca”, onde estão instalados os dispositivos de aviso sonoro utilizados em dias de nevoeiro.
Frequentemente associado aos faróis e aos faroleiros surge um outro personagem: os afundadores. Este termo designa aqueles que criavam falsos faróis com o intuito de atrair os navios para zonas perigosas, causando o seu afundamento, para posteriormente saquearem os destroços.