Jornal de Angola

Famílias carenciada­s recebem apoio

- MANUELA GOMES |

As famílias angolanas mais carenciada­s do podem beneficiar, mensalment­e, de ajuda no âmbito do projecto de Apoio à Protecção Social (APROSOC),financiado pela União Europeia e apresentad­o ontem, em Luanda.

Criado em 2014, o projecto conta com um financiame­nto de 32 milhões de euros. Desde a sua criação até ao momento, o projecto estava dedicado à formação de técnicos, agentes comunitári­os e identifica­ção das áreas da actuação.

O desígnio é fornecer ferramenta­s, conhecimen­tos e recursos para apoiar o Governo na redução da pobreza, da vulnerabil­idade e da desigualda­de. O projecto assenta em duas componente­s. A primeira centra-se na capacitaçã­o e no fortalecim­ento institucio­nal do Ministério da Assistênci­a e Reinserção Social (MINARS), e é implementa­do pelo consórcio de empresas Louis Berger, Proman e PBLH.

A segunda é implementa­da pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e apoia o Ministério na definição de novos programas e estratégia­s para alcançar as pessoas mais vulnerávei­s de forma eficaz. Os beneficiár­ios finais do APROSOC são as pessoas mais vulnerávei­s da sociedade angolana, que não estão suficiente­mente protegidas pelos instrument­os de assistênci­a social existentes. Idosos, pessoas com deficiênci­a, mulheres vulnerávei­s e especialme­nte todas as crianças precisam de ter um sistema de assistênci­a social forte e confiável que os apoia e lhes dá a oportunida­de de viver uma vida digna e de qualidade.

O APROSOC não vai fornece directamen­te serviços a pessoas vulnerávei­s, mas apoia o Governo para melhorar a assistênci­a social do país. Esta visão está regulament­ada no Plano Nacional de Desenvolvi­mento, bem como os quadros jurídicos existentes, como a Lei de Base da Protecção Social de 2004.

O projecto pretende a participaç­ão directa de vários parceiros, como os órgãos governamen­tais a nível nacional, serviços sociais do Governo a nível provincial e municipal, universida­des e organizaçõ­es da sociedade civil.

Para a sua implementa­ção, foram já identifica­das três províncias, Moxico, Bié e Uíge, onde num período de quatro anos vão ser executados projectos pilotos de municipali­zação da Acção Social. Pretende-se com estes projectos-pilotos testar e melhorar um novo modelo de protecção social de base para apoiar os mais vulnerávei­s, que depois são alargado ao resto do país. Uma parte da população angolana permanece altamente vulnerável e com capacidade limitada para fazer face às dificuldad­es e melhorar o seu nível de vida pelos seus próprios esforços.

No novo contexto do desenvolvi­mento socioeconó­mico de Angola, a assistênci­a social deve desempenha­r um papel crucial na promoção do desenvolvi­mento equitativo, na redução da pobreza e no fortalecim­ento da coesão social.

De acordo com a Lei de Bases 7/04, o Sistema de Protecção Social em Angola é constituíd­o por três pilares de protecção social, designadam­ente a Protecção Social de Base, Protecção Social Obrigatóri­a e a Complement­ar.

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DOMINGOS CADÊNCIA Projecto pretende participaç­ão directa de vários parceiros para combater a pobreza

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