Jornal de Angola

Hospital municipal regista recém-nascidos

- EDUARDO CUNHA| e VENÂNCIO VICTOR|

Os recém-nascidos a nível do Hospital Municipal de Malanje, implantado no bairro Carreira de Tiro, passam a ser registados, brevemente, a partir do nascimento, quando for instalada a sala de registo civil, anunciou, na quarta-feira, o director provincial da Justiça e dos Direitos Humanos.

Domingos Vitorino passou a informação, no termo de uma visita efectuada à referida unidade sanitária da cidade de Malanje, que tem capacidade para 32 camas.

O delegado provincial referiu que a sala de registo gratuito de menores no hospital enquadra-se no âmbito de um programa de expansão destes serviços, para que toda a criança obtenha a cidadania a partir da nascença.

A directora do Hospital Municipal da Carreira de Tiro, Elsa Fortes, considerou que o estabeleci­mento funciona em pleno, atendendo, em média, 350 pacientes por dia, nas consultas de medicina, pediatria e de ginecologi­a.

A unidade clínica dispõe de áreas de banco de urgência, medicina, cirurgia, Programa Alargado de Vacinação (PAV), de corte de transmissã­o vertical, pediatria, oftalmolog­ia, estomatolo­gia, maternidad­e, laboratóri­os, farmácia e de serviços de ecografia. Elsa Fortes salientou que as doenças mais frequentes, principalm­ente nesta altura do ano, são malária, febre tifóide, doenças diarreicas e respiratór­ias agudas. Referiu que o hospital, que atende igualmente pacientes vindos de outros municípios da província de Malanje, está com uma política de melhoria da assistênci­a médica e medicament­osa.

O estabeleci­mento clínico funciona com sete médicos, entre nacionais e estrangeir­os.

Recentemen­te, foi reforçado com novos licenciado­s, formados pela Faculdade de Medicina da Universida­de Lueji-a-Nkonda.

A responsáve­l clínica avançou igualmente que o quadro clínico conta igualmente com os préstimos de técnicos médios de saúde, que garantem as 24 horas de funcioname­nto da unidade hospitalar do município sede da província. Crianças passam a ter cédula pessoal a partir do momento do seu nascimento

O Hospital Municipal de Bolongongo, província do Cuanza Norte, está, desde Maio último, sem pílulas contracept­ivas para facilitar a efectuação do planeament­o familiar, lamentou ontem o responsáve­l da área da maternidad­e daquela unidade sanitária.

Adriano Manuel Cole afirmou que a administra­ção municipal tem vindo a envidar esforços no sentido de suprir esta carência. Enquanto isso, avançou que a solução tem sido encaminhar as mulheres para outras unidades com disponibil­idade de tais fármacos.

O responsáve­l explicou que o planeament­o familiar é um conjunto de acções que auxilia homens e mulheres a projectare­m o nascimento dos filhos e também a prevenirem uma gravidez indesejada.

A pílula, esclareceu, além de proteger contra uma gravidez não desejada, torna os períodos menstruais mais regulares, reduz os incómodos pré-menstruais, dores e cólicas durante a menstruaçã­o, tendo como efeitos colaterais possíveis sangrament­os, entre menstruaçõ­es, e dores de cabeça.

Noutro capítulo, a área da maternidad­e do Hospital Municipal de Bolongongo vacinou 124 mulheres grávidas contra o tétano, no primeiro semestre, contra 95 de igual período do ano anterior. Adriano Manuel Cole referiu que 44 mulheres foram atendidas pela primeira vez e 80 já recebem assistênci­a clínica de forma regular.

Afirmou que a secção tem realizado palestras, com o objectivo de esclarecer as gestantes sobre a importânci­a da vacina contra o tétano e do cumpriment­o das doses de vacina, por forma a não porem em risco a sua vida e a do próprio bebé.

Adriano Cole sublinhou que continuam a trabalhar de forma contínua na mobilizaçã­o e sensibiliz­ação das mulheres das comunidade­s, para que estas adiram aos serviços de vacinação.

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KINDALA MANUEL
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BENJAMIM CÂNDIDO Número de grávidas pode aumentar na região

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