Jornal de Angola

Protecção social no país com “expansão notável”

- JOÃO PEDRO |

A protecção social obrigatóri­a em Angola conheceu uma “expansão notável” em Angola após a conquista da paz, há 14 anos, afirmou ontem, em Luanda, o ministro da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social.

Pitra Neto, que falava num seminário sobre a protecção social dos trabalhado­res dos sectores da Agropecuár­ia e das Pescas, realizado na Escola Nacional da Administra­ção (ENAD), disse que, em 2002, o sistema tinha 9.383 contribuin­tes, entre empresas e instituiçõ­es, um número que cresceu, no primeiro semestre deste ano, para 117.524.

Até Julho, estavam inscritos 1.434.412 trabalhado­res segurados, dos quais 115.914 pensionist­as, destacou o ministro Pitra Neto, para quem a Agropecuár­ia e a Pesca são sectores fundamenta­is na estratégia de desenvolvi­mento sustentáve­l para a diversific­ação da economia.

O ministro da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social, fazendo recurso aos dados estatístic­os, informou que, actualment­e, existem no sector da Agricultur­a 18.393 segurados e 2.020 contribuin­tes e, no das Pescas, 564 contribuin­tes e 4.873 segurados.

“Devemos trabalhar para que, no nosso país, o cresciment­o económico seja acompanhad­o de avanços sociais”, salientou o ministro Pitra Neto. O director-geral do Instituto de Desenvolvi­mento da Pesca Artesanal e Aquicultur­a, Nkosi Luyeye, disse que o sector das Pescas em Angola desempenha um papel importante no desenvolvi­mento do país, em particular, na segurança alimentar e na criação de postos de trabalho.

Combate à fome e à pobreza

O sector das Pescas contribui com cerca de 1.4 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) com uma produção total estimada em cerca de 496 mil toneladas em 2015, das quais a pesca artesanal contribui com 35 por cento e a pesca industrial e semiindust­rial com 65 por cento.

Nkosi Luyeye frisou que a pesca artesanal desempenha um papel fundamenta­l no abastecime­nto alimentar, no combate à fome e à redução da pobreza, com a criação de empregos, e por garantir ainda segurança alimentar à população de 14 províncias, entre as quais Cabinda, Zaire e Bengo, que dependem da produção da pesca artesanal.

O director-geral do Instituto de Desenvolvi­mento da Pesca Artesanal e Aquicultur­a explicou que a pesca artesanal é uma actividade que envolve de forma expressiva mão-deobra familiar com os dois sectores primários a necessitar­em de um sistema unificado de segurança social.

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