Festival Zwá junta referências da música
Como o propósito de difundir, cada vez mais, as sonoridades angolanas que têm sido relegadas para segundo plano, propondo um entrosamento entre os músicos da antiga geração com a nova, a III Trienal de Luanda promove desde quarta-feira até domingo, no Palácio de Ferro, a primeira edição do Festival Zwá.
O festival tem a participação de 216 artistas de 40 bandas e estão previstos 40 concertos durante cinco dias. O evento foi aberto pelo MM Yutu, formado por Ginzanga Justino (marimba e quissanje solo), João Guizamba (quissanje), Daniel Mavinga (voz e ngoma), Mila Mikomba (voz), Nsungui Bunga (percussão e coro), Teresa Filipe (percussão e coro) e Edson Castelo (marimba e percussão). Seguiu-se a exibição do Duo Canhoto, integrado por André Moisés Ekuikui (viola ritmo) e Guilherme dos Anjos Maurício (viola solo).
O programa do primeiro dia do festival ficou ainda marcado pelas actuações das bandas Afra Sound Stars, Memórias e Welwitchia, e dos cantores Kyaku Kyadaff, Walter Ananaz e Clara Monteiro, com uma exibição de uma hora cada.
A cantora Clara Monteiro fez uma “incursão” aos anos 80 do século XX, ao interpretar canções como “Zito Monami”, considerado o seu cartão de visita , “Loanda”, “Walalipo Angola” e “Kandonga” .
Kyaku Kyadaff, uma das referências da nova geração de artistas angolanos, que despontou no mercado nacional em 2014, brindou os fãs com os melhores temas do seu reportório, em semba e kizomba, em que se destacam “Entre Sete Sete & Rosas”, “Kilamba”, “Rodas da Moda”, “Se Hungwile”, “Tanta Nkento”, “Me Chamam de Pacheco” e “Bibi”.
O Festival Zwá, que encerra neste domingo, à meia-noite, no Palácio de Ferro, em Luanda, tem programadas outras actuações, com destaque para a Banda Maravilha, Semba Muxima, Os Kiezos, Banda Movimento, Glorioso do Prenda, Ngoma Jazz, Semba Master, Kituxi e os seus Acompanhantes, Idimakaji, Kamba dya Muenho, Angospel, Mito Gaspar, Wiza Kendy, Zé Kafala, Filipe Mukenga, Gabriel Tchiema, Kizua Gourgel, Sandra Cordeiro, Dalú Roger, Totó e Patrícia Faria.
O festival segue o lema da III Trienal de Luanda, “Da utopia à realidade e da escravatura ao fim do apartheid” e foi criado com o objectivo de valorizar os artistas angolanos.