Violência doméstica no teatro
O combate à violência doméstica é o tema central da peça de teatro intitulada “Passageira 640”, da companhia Henrique Artes, a ser exibida amanhã, às 20 horas, no auditório no Instituto Médio Politécnico Alda Lara, em Luanda.
A peça de teatro traz de volta aos palcos o encenador e director do grupo, Flávio Ferrão. O argumento é um apelo à sociedade contra a prática de todas as formas de crime de violência doméstica e tem uma carga pedagógica dirigida ao público. A montagem e sonoplastia tem as “impressões digitais” de Ailton Manuel Silvério.
O apelo à denúncia destes crimes, que podem ser verbais ou físicos, é também um dos propósitos para o qual o drama foi idealizado.
Representada por Flávio Ferrão e Zoé Silva, a peça de 45 minutos centra-se num casal cuja relação conjugal é abalada pelo ciúme, motivado pela desconfiança. O objectivo, disse o encenador, é dar a conhecer que a violência doméstica deve ser encarada como um crime e um problema social reprovável. “Queremos com a peça mostrar igualmente aos homens que a mulher deve ser tratada com atenção e delicadeza e de outra forma estaremos a machucar o amor”, disse Flávio Ferrão.
O Henrique Artes foi fundado a 26 de Outubro de 2000 por estudantes do ensino pré-universitário. A companhia de teatro tem como “cartão de visita” as peças “Hotel Komarka” e “A Órfã do Rei”. A primeira retrata a vida de sete presos no interior de uma cela e foi exibida na 20.ª edição do Festival de Teatro de Mindelo (MINDELACT), em Cabo Verde. “A Órfã do Rei”, um monólogo interpretado por Mel Gâmboa, foi exibido no Festival Lusófono de Teresina, no Brasil.