BALANÇO CADA VEZ MAIS TRÁGICO DO SISMO NA ITÁLIA Sobe número de mortos do terramoto
O Serviço de Protecção Civil italiano reviu o número de mortos de 247 para 241, em resultado do sismo na madrugada de quartafeira na Itália central. Este foi o último balanço, mas pode voltar a aumentar, enquanto as equipas de resgate continuam a trabalhar com toda a rapidez possível para encontrar sobreviventes debaixo dos escombros das cidades que foram mais abaladas pelo terramoto de 6,2 na escala de Richter.
Este sismo foi tão forte que chegou a ser sentido em Roma, a 170 quilómetros de distância, em Bolonha, para norte, assim como em Nápoles, mais a sul. Para muitos dos habitantes das terras mais afectadas pelo sismo, a noite foi passada em carros ou tendas, pois a terra continuou a tremer.
Além do número de mortos, o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, avançou que pelo menos 368 pessoas ficaram feridas e foram levadas para os hospitais.
Muitas pessoas continuam desaparecidas. A Reuters dá o exemplo de um pequeno hotel que desabou em Amatrice – metade da cidade desapareceu, segundo o seu presidente da câmara – onde estariam alojadas 32 pessoas, com 15 a 20 que devem estar soterradas. O terramoto fez 190 mortos na região do Lácio e 57 na de Marcas, figurando como um dos mais mortíferos dos últimos anos na Itália, segundo detalhou a Protecção Civil, citada pela imprensa italiana.
Desde o sismo, que teve o epicentro a dez quilómetros de profundidade, a sudeste de Norcia, cidade da província de Perugia (Umbria), a terra voltou a tremer mais de uma centena de vezes. A mais recente réplica, de 4,7, foi registada na madrugada de ontem, sete quilómetros a leste de Norcia.
As equipas de salvamento e resgate trabalharam durante toda a noite nas localidades mais afectadas Arquata del Tronto, Pescada del Tronto, Amatrice e Accumoli - em busca das dezenas de pessoas que se estima que estejam debaixo de escombros. A situação mais dramática vive-se em Amatrice, município com aproximadamente 2.000 habitantes mas que, durante os meses de Verão duplica a sua população por causa dos turistas, onde prosseguem as operações de remoção dos escombros com todos os meios, em busca de sobreviventes, depois de o autarca da cidade, Sergio Pirozzi, ter garantido que havia centenas de desaparecidos.
O número de mortos vai ainda aumentar na localidade turística da região do Lácio, já que Sergio Pirozzi disse aos jornalistas que em Amatrice supera os 200, o que elevaria o balanço global facultado pela Protecção Civil italiana.
Centenas de pessoas afectadas pelo forte sismo passaram a noite em acampamentos criados pela Protecção Civil, que foram instalados em quatro áreas da zona.
Os poucos segundos que durou o terramoto foram suficientes para fazer praticamente desaparecer várias localidades das províncias de Rieti e de Ascoli Piceno, situadas sob a cordilheira dos Apeninos e a poucos quilómetros de Aquila, capital da região montanhosa dos Abruzos, onde um sismo fez mais de 300 mortos em 2009 e destruiu centenas de casas.