Fundação Agostinho Neto desvaloriza livro
A Fundação Dr. António Agostinho Neto afirma que o livro do antigo comando colonial português em Angola e Moçambique, Calos Pacheco, lançado em Lisboa, Portugal, está recheado de “delírios reaccionários e de inverdades insanas”.
Em comunicado, a Fundação refere que o livro de dois volumes acusa o seu patrono de práticas e actos sem apresentar uma única prova factual ou documental. O livro tenta, sem sucesso, reduzir a luta armada de libertação nacional a um filme de terror e a um somatório de crimes e de mortes executadas pelo MPLA e pelos seus líderes. “O Dr. António Agostinho Neto nunca praticou os actos de que é acusado e a sua vida foi inteiramente dedicada à libertação do seu povo do colonialismo e fascismo português”, lê-se no comunicado, que acrescenta que a publicação, alegadamente encomendada por alguém, tem o propósito de conspurcar o bom nome de Agostinho Neto. O prestígio nacional e internacional alcançado pela liderança do Dr. Agostinho Neto, o seu inefável amor ao povo, incorruptível honestidade, visão estratégica, vontade férrea de combater os abutres vorazes, a participação solidária na luta para a libertação da África Austral e criação de um bloco regional que alterou a correlação de forças mundiais, são apontados pela Fundação como sendo valores que perduram na memória dos angolanos e africanos. “Passados 37 anos após o seu falecimento, é doentia e irresponsável a tentativa de inculpar e responsabilizar, ainda que remotamente, o Dr. Agostinho Neto pelo cometimento de erros e crimes imaginários ou reais executados por outros”, lê-se no comunicado.