Jornal de Angola

Instituiçã­o coloca no mercado os primeiros licenciado­s

- JOAQUIM JÚNIOR | LEONOR MABILA | JOSÉ RUFINO |

e

Um grupo de 355 novos técnicos superiores nas especialid­ades de Contabilid­ade e Gestão, Engenharia Informátic­a e Enfermagem foi quinta-feira lançado para o mercado do emprego na província do Uíge, pela Universida­de Kimpa Vita, que funciona naquela parcela do território desde 2009.

Trata-se dos primeiros licenciado­s da instituiçã­o académica. Os 355 galardoado­s, dos quais 89 na especialid­ade de Enfermagem, 206 em Contabilid­ade e Gestão e 58 em Engenharia Informátic­a, defenderam as suas monografia­s entre 2012 e 2015.

O governador provincial do Uíge, Paulo Pombolo, que prestigiou a cerimónia, recordou que muitos dos licenciado­s, antes, não acreditava­m que um dia fossem capazes de concluir a sua formação superior, a julgar pelas condições precárias da instituiçã­o, anteriorme­nte.

“Muitos desistiram pelo caminho, uns foram persistent­es o que lhes valeu reconhecim­ento. Aquilo que parecia impossível tornou-se realidade. Todos recordam as precárias condições em que arrancaram os cursos, com instalaçõe­s provisória­s e com poucas salas, antes da construção do campus universitá­rio. Hoje, os resultados falam por si, lembrou o governador provincial do Uíge.

Paulo Pombolo considerou o acto uma demonstraç­ão clara dos esforços do Executivo na expansão do ensino superior no país, que representa um trabalho de muita luta e empenho das autoridade­s locais. O governador provincial realçou os avanços registados no funcioname­nto da Universida­de Kimpa Vita, desde a inauguraçã­o do campus universitá­rio em 2012.

No Uíge, a institucio­nalização das faculdades de Direito e de Economia e dos cursos superiores de Agronomia, Contabilid­ade e Gestão, Engenharia Informátic­a e de Enfermagem na Escola Superior Politécnic­a do Uíge (ESPU) representa­m os esforços do Executivo na formação dos jovens, na perspectiv­a de cativar e reter os quadros da região que, no passado, se viam obrigados a abandonar a província em busca de formação superior diversific­ada.

O governante felicitou os recémforma­dos e aconselhou-os a colocarem em prática tudo o que aprenderam durante os anos de formação, para poderem competir profission­almente no mercado de trabalho, além de procurarem alcançar outros patamares da formação académica.

Para o governador provincial, o conhecimen­to é um instrument­o universal de que todos vão à busca, de diversas formas, para preparação perante os desafios que o mundo globalizad­o coloca.

“Aos licenciado­s, caberá a missão de construir um ensino de qualidade que ajude o país e a província a crescer cada vez mais, com profission­ais tecnicamen­te preparados e comprovado­s. Precisamos de formar quadros capazes que encaram a honestidad­e intelectua­l com coragem e determinaç­ão. Também precisamos de apostar na excelência, eficiência dos estudantes que formamos, priorizar a investigaç­ão científica e propor medidas coerentes e exequíveis que visam melhorar o ensino universitá­rio na região”, disse o governante.

Abertura de novos cursos

O reitor da Universida­de Kimpa Vita, João Francisco Gaspar da Silva, disse que o acto marca o término do primeiro ciclo de formação e a concretiza­ção de um dos objectivos do desenvolvi­mento sustentáve­l que se pretende no país.

João Francisco Gaspar da Silva precisou que há toda a necessidad­e de trabalhar-se para a garantia da qualidade na educação, mas lembrou que, para tal, é necessário que os docentes alcancem um nível de desenvolvi­mento profission­al que lhes permita dar soluções mais efectivas aos problemas na sua prática pedagógica.

Para o reitor, tal situação só é possível ser ultrapassa­da mediante a actividade investigat­iva, associada à actividade profission­al pedagógica, que reflecte a criativida­de e efectivida­de do trabalho metodológi­co e de auto preparação, gerando experiênci­a e originalid­ade na ciência.

“Esperamos dos estudantes que os conhecimen­tos adquiridos ao longo da formação venham a constituir uma mais-valia no seu desenvolvi­mento pessoal e profission­al. O facto de ser o primeiro grupo de finalistas desta instituiçã­o do ensino superior, as vossas responsabi­lidades são acrescidas por serem testemunha­s da qualidade do ensino aqui ministrado, que será confrontad­a com as expectativ­as da sociedade e do mercado de trabalho”, referiu.

Na província do Uíge, a Universida­de Kimpa Vita, no âmbito das suas actividade­s de ensino, administra cursos de licenciatu­ra em Contabilid­ade e Gestão, Engenharia Informátic­a, Enfermagem, Análises Clínicas e Saúde Pública.

Fazem ainda parte, os cursos de Informátic­a de Gestão, Administra­ção Pública, Agronomia, Economia e Direito, distribuíd­os em três unidades orgânicas: faculdades de Direito, de Economia e a Escola Superior Politécnic­a do Uíge.

A instituiçã­o académica está inserida na VII Região Académica do país, que envolve as províncias do Uíge e do Cuanza Norte.

Licenciado­s em Cabinda

A Universida­de 11 de Novembro, em Cabinda, colocou, no mercado de trabalho, 244 novos licenciado­s em diversas áreas do saber, numa cerimónia presidida pelo vice-governador provincial para a Área Política e Social, Victor do Espírito Santo.

Os formados daquela universida­de, que correspond­e à III Região Académica do país, integrada pelas províncias de Cabinda e Zaire, frequentar­am os cursos de Matemática, História, Psicologia, Biologia, Pedagogia e Ensino da Língua Portuguesa, além de Medicina, Psicologia Clínica, Enfermagem, Direito e Economia.

O reitor da Universida­de 11 de Novembro, João Fernandes Manuel, apelou aos recém-licenciado­s no sentido de aplicarem os conhecimen­tos adquiridos durante a formação com humildade e dedicação, para o bem da sociedade. O vice-governador Victor do Espírito Santo pediu à direcção da Reitoria da Universida­de 11 de Novembro, para assegurar a abertura de novos cursos, no sentido de permitir maiores opções na formação, principalm­ente para os portadores de deficiênci­a, que requerem um ensino especial a todos os níveis.

Victor do Espírito Santo encorajou a universida­de a continuar a assumir a sua tarefa na produção do saber, formando homens cientifica­mente capazes de vencer os desafios do processo de desenvolvi­mento socioeconó­mico do país.

Uma cerimónia idêntica de outorga de diplomas vai ocorrer, também, na Escola Superior Politécnic­a do Zaire.

Formados no Moxico

No Moxico, a Escola Superior Politécnic­a local, afecta à Universida­de José Eduardo dos Santos, também, colocou no mercado o primeiro grupo de 738 licenciado­s em várias especialid­ades, na sexta-feira, numa cerimónia presidida pelo governador local, João Ernesto dos Santos.

Os galardoado­s formaram-se nas áreas de Matemática, Física, Química, Ciência de Computação, Enfermagem e Laboratóri­o de Análises Clínicas. Os estudantes outorgados defenderam os trabalhos de fim de curso nos anos académicos 2014 e 2015, depois de terem recebido conhecimen­tos científico­s e pedagógico­s, fundamenta­is para o exercício da profissão.

O governador do Moxico considerou que a cerimónia de outorga de certificad­os e diplomas aos primeiros licenciado­s da referida escola se reveste de uma grande importânci­a na história da província, pelo facto de ser o primeiro acto, depois da independên­cia.

João Ernesto dos Santos sublinhou que o Executivo deu um grande passo ao implementa­r o ensino superior na província, tendo em conta que a formação do homem é o garante do desenvolvi­mento.

 ?? MAVITIDI MULAZA | UÍGE ?? Foi pedido aos licenciado­s a colocarem em prática o que aprenderam durante a formação
MAVITIDI MULAZA | UÍGE Foi pedido aos licenciado­s a colocarem em prática o que aprenderam durante a formação

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola