Jovens testam condução automóvel
Aulas práticas e teóricas são dadas à juventude de forma gratuita
O programa social “Habilidades de Condução para a Vida”, implementado em Angola desde 2015 pela Ford Motor Company, em parceria com a Robert Hudson, com o objectivo de contribuir para a redução da sinistralidade rodoviária, centra este ano a sua atenção nos estudantes universitários.
O programa, que é desenvolvido em vários países do Mundo, está focado principalmente nos jovens que tenham obtido a carta de condução há pouco tempo, esclarece um documento a que o Jornal de Angola teve ontem acesso.
Na passada quinta-feira, o programa foi levado à Universidade Gregório Semedo, no bairro Morro Bento, em Luanda, onde foi realizada uma aula teórica, complementada com uma sessão prática no Autódromo de Luanda, onde os estudantes com carta de condução puderam testar as suas capacidades e aprender novas técnicas de condução num ambiente seguro.
O programa “Habilidades de Condução para a Vida” começou a ser materializado em 2003, nos Estados Unidos da América, e mais de 800 mil condutores de vários países já obtiveram uma valiosa experiência de condução segura.
As aulas de condução são gratuitas e, embora sejam destinadas principalmente a recém-encartados, servem também para melhorar a capacidade de condução defensiva dos condutores mais experientes. Financiado pelo Ford Motor Company Fund, que, para o efeito, criou um fundo sem fins lucrativos, o programa é um método eficaz para melhorar as técnicas de condução e assim contribuir para a segurança rodoviária.
Influência do álcool
Nas aulas, os instrutores de condução entregam um fato especialmente desenvolvido pela Ford, que simula a condução sob a influência do álcool, uma ajuda revolucionária à formação projectada para simular as alterações físicas do corpo em estado de embriaguez.
Alguns voluntários já experimentaram o fato, que simula a condução em estado de embriaguez, apesar de estarem sóbrios. Os voluntários entram na viatura equipados com protectores auriculares a fim de diminuir a audição e assim limitar o tempo de reacção, ao mesmo tempo que óculos especiais condicionam a visão, produzindo imagens fantasma e visão de túnel.
Além disso, são também colocadas almofadas em diversas partes do corpo para abrandar e restringir os movimentos. A sensação global criada é similar àquela vivida por um condutor embriagado e dá aos participantes muito que pensar sobre os perigos da condução nesse estado.
Em Angola, a Ford e a Robert Hudson apoiam iniciativas de segurança rodoviária como medida de prevenção, por reconhecerem que a sensibilização é muito importante.
Os acidentes de viação registados em 2014 vitimaram 6.684 pessoas em Angola, um dos países com a mais alta taxa de sinistralidade rodoviária, de acordo com relatórios anuais de organizações internacionais, entre as quais a Organização Mundial da Saúd.