Manuel Vicente aguardado hoje em Mbabane
O Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, desloca-se hoje a Mbabane, capital da Suazilândia, para participar na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da SADC que termina na quarta-feira. O encontro, decorre sob o lema “Mobilização de recursos para o investimento em infra-estruturas energéticas sustentáveis, com vista a uma industrialização inclusiva na SADC em prol da prosperidade da região”.
O Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, desloca-se hoje a Mbabane, capital da Suazilândia, onde participa, amanhã e quarta-feira, na 36.ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral.
No encontro, que decorre sob o lema "Mobilização de recursos para o investimento em infra-estruturas energéticas sustentáveis, com vista a uma industralização inclusiva na SADC em prol da prosperidade da região", Manuel Vicente representa o Chefe do Estado angolano José Eduardo dos Santos.
Durante a Cimeira dos Chefes de Estados e de Governo é analisado o relatório do Conselho de Ministros sobre a implementação dos planos de Desenvolvimento e de Industrialização da SADC. Neste documento, os ministros defendem a redução dos custos do Plano de Desenvolvimento, avaliado em 390 mil milhões de dólares, através da adaptação dos programas a orçamentos mais razoáveis e exequíveis.
Na sexta-feira, foi realizada a reunião do Conselho de Ministros, que analisou a questão das candidaturas para a presidência da Comissão da União Africana e para o posto de comissário para os assuntos políticos e um outro para questões de desenvolvimento agrário. Georges Chikoti disse que a SADC deve indicar dois candidatos para cada um dos cargos, sendo um homem e uma mulher.
Para a presidência da Comissão da União Africana, a SADC recomenda a candidatura da ministra dos Negócios Estrangeiros do Botswana, Pelonomi Verson Motoi , que concorreu nas eleições realizadas durante a última Cimeira da União Africana, em Kigali. Apesar desta indicação, a organização ainda está disponível para receber outras candidaturas tendo em conta que o Conselho de Ministros vai reunir novamente no princípio do mês de Setembro para tomar uma decisão.
A questão do pagamento das contribuições dos Estados-Membros é outro assunto que foi remetido à Cimeira dos Chefes de Estados e Governo da SADC, bem como a necessidade de aumento dessa quota para a garantia do funcionamento da organização.
Relativamente à data oficial da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, para celebrar o fim do regime do apartheid nos países da região o Conselho de Ministro não chegou a consenso, razão pela qual devem ser apresentadas novas propostas. Angola, que inicialmente indicou o dia 23 de Março, pretende sugerir agora o dia 11 de Fevereiro, por ser a data de libertação de Nelson Mandela. O ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, disse, no final da reunião do Conselho de Ministros da SADC e que preparou a agenda da 36.ª Cimeira dos Chefes de Estados e de Governo da organização, que Angola pode assumir a vice-presidência do órgão de Política, Defesa e Segurança da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral para um mandato de um ano.
Neste momento, informou Georges Chikoti, estão a ser feitas concertações entre os Estados-membros para se conseguir consenso.
Também não houve consenso sobre a adesão do Burundi e das Ilhas Comores à SADC. Os dois países solicitaram a adesão há cerca de dois anos, mas até ao momento o assunto está a ser analisado. Angola e a África do Sul, de acordo com Georges Chikoti, apelaram ao secretariado da organização e aos demais Estados-membros para acelerarem o processo de decisão.
A Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral vai decorrer no Lushita Palace, sob o lema “Mobilização de recursos para o investimento em infra-estruturas energéticas sustentáveis, com vista a uma industrialização inclusiva da SADC em prol da prosperidade da região”.
Integram a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral África do Sul, Angola, Botswana, República Democrática do Congo, Lesoto, Madagáscar (actualmente suspenso), Malawi, Ilhas Maurícias, Moçambique, Namíbia, Seychelles, Swazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe.