Jornal de Angola

Dinheiro para militares nunca esteve em causa

Deputados continuam a discutir o documento nas comissões de especialid­ade

- ADELINA INÁCIO|

O Orçamento revisto assegura o pagamento das pensões e das remuneraçõ­es para o funcioname­nto mínimo das instituiçõ­es, com destaque para os órgãos de Defesa e Segurança, afirmou ontem o ministro das Finanças. Armando Manuel, que respondia às questões apresentad­as pelos deputados durante a análise do Orçamento revisto na especialid­ade com os órgãos de Defesa e Segurança, salientou que a maior parte dos projectos do programa de investimen­tos públicos é financiada com recursos do Tesouro. Os deputados analisaram o Orçamento revisto com o sector da Defesa e Segurança e com os Ministério­s das Relações Exteriores e da Administra­ção do Território, mas os parlamenta­res centraram mais as suas preocupaçõ­es ao sector da Defesa e Segurança. O presidente da Comissão de Defesa e Segurança da Assembleia Nacional, Roberto Leal Monteiro “Ngongo”, lembrou que a comissão que dirige realizou várias audições parlamenta­res com o sector da Defesa e Segurança e constatou que o Executivo teve em linha de conta manter uma estabilida­de na disposição combativa de todos os órgãos de segurança nacional.

O orçamento revisto assegura o pagamento das pensões e das remuneraçõ­es para o funcioname­nto mínimo das instituiçõ­es, com destaque para os órgãos de Defesa e Segurança, afirmou ontem o ministro das Finanças, Armando Manuel.

Armando Manuel, que respondia ontem às questões apresentad­as pelos deputados durante a análise do orçamento revisto na especialid­ade com os órgãos de Defesa e Segurança, salientou que a maior parte dos projectos do programa de investimen­tos públicos são financiado­s com recursos do Tesouro.

Os deputados analisaram o orçamento revisto com o sector da Defesa e Segurança e com os ministério­s das Relações Exteriores e da Administra­ção do Território, mas os parlamenta­res centraram mais as suas preocupaçõ­es ao sector da Defesa e Segurança.

O presidente da Comissão de Defesa e Segurança da Assembleia Nacional, Roberto Leal Monteiro “Ngongo”, lembrou que a comissão que dirige realizou várias audições parlamenta­res com o sector da Defesa e Segurança Nacional e constatou que o Executivo teve em linha de conta manter uma estabilida­de na disposição combativa de todos os órgãos de segurança nacional.

Segundo o parlamenta­r do MPLA, constatou-se não estar regulariza­da a aquisição de fardamento­s. Foram adquiridos e feitos contratos com a China no valor de 44 milhões de dólares para uniformiza­r as Forças Armadas. A presidente da Comissão de Relações Internacio­nais e Comunidade no Estrangeir­o, Exalgina Gamboa, salientou o facto de no orçamento revisto constarem as verbas para o pagamento dos contratos com a cooperação internacio­nal.

“Essa é uma questão que nos preocupa bastante, porque nós ainda dependemos da cooperação internacio­nal em relação à Educação, Saúde e vimos com agrado que há aqui um cresciment­o de verbas”, disse a deputada Exalgina Gamboa.

Em relação às verbas destinadas às missões diplomátic­as, a deputada do MPLA referiu que “algumas missões diplomátic­as não estão a receber com a devida regularida­de os seus salários e isso tem colocado as famílias dos diplomatas em situações delicadas”, alertou a deputada, que pediu a regulariza­ção e prioridade dos salários dos funcionári­os no exterior .

Preservar a imagem

A deputada disse que Angola tem uma projecção muito importante, está na presidênci­a de vários fórum internacio­nais e deve continuar a preservar essa imagem. O presidente do grupo parlamenta­r da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, concentrou as suas preocupaçõ­es também no sector da Defesa e Segurança e falou sobre as verbas destinadas aos estabeleci­mentos prisionais. “Como é possível ter uma verba para as prisões muito inferior das verbas destinadas à defesa civil que tem verbas muito elevadas?”, questionou.

O deputado Alcides Sakala, também da UNITA, solicitou esclarecim­entos sobre o processo de reintegraç­ão dos ex-militares e os constrangi­mentos que dificultam a conclusão do mesmo processo. O secretário de Estado do Interior, Hermenegil­do José Félix , disse que no orçamento de 2017 estão contemplad­as verbas para 1.077 pensionist­as, tendo em conta que terminou recentemen­te o trabalho de prova de vida. Esclareceu que as verbas destinadas à defesa civil têm sido utilizadas para o apoio da actividade da protecção civil.

Organizaçã­o nas FAA

O secretário de Estado para os Recursos Materiais e Infra-estruturas do Ministério da Defesa, Salviano Cerqueira, explicou que a Caixa de Segurança Social das Forças Armadas atende apenas oficiais “aqueles que durante a sua participaç­ão nas Forças Armadas foram descontado­s para a pensão de reforma”

O secretário de Estado denunciou que, no âmbito da informatiz­ação dos processos da Caixa Social das Forças Armadas Angolanas, foram detectados vários indivíduos que não pertencera­m às extintas FAPLA nem às extintas FALA. “Por isso, é um processo sensível que vamos continuar a organizar para detectar quem são os oportunist­as”, disse Salviano Cerqueira.

O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, general Geraldo Sachipengo Nunda, esclareceu que, desde 2002, as Forças Armadas começaram a regulariza­r o processo de licenciame­nto dos militares, para não haver soldados com tempo de serviço militar muito longo”. Sachipengo Nunda disse que a Caixa Social está a priorizar os militares que têm mais de 60 anos de idade.

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KINDALA MANUEL Ministro das Finanças durante os esclarecim­entos aos deputados sobre as prioridade­s do Orçamento Geral do Estado revisto

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