Jornal de Angola

Governo define limites na despesa orçamental

- KUMUÊNHO DA ROSA |

As Comissões Económica e para a Economia Real do Conselho de Ministros aprovaram ontem os limites de despesa para a elaboração do Orçamento Geral do Estado de 2017, tendo obtido as necessária­s contribuiç­ões por parte dos titulares dos órgãos orçamentai­s. Durante a reunião, orientada pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, as Comissões procederam à análise do memorando sobre a situação macroeconó­mica do país, que sublinha a evolução até ao momento dos principais indicadore­s de natureza fiscal, monetária e cambial. A reunião aprovou ainda a proposta do Plano de Caixa do mês de Setembro de 2016, que contém a projecção de entradas e saídas de recursos financeiro­s com incidência directa na tesouraria, no período a que se reporta. A proposta do Orçamento Geral do Estado Revisto para este ano aprovada na generalida­de pelos deputados comporta receitas estimadas em 6,9 triliões de kwanzas e despesas fixadas em igual montante. O documento está em discussão nas comissões de especialid­ade do Parlamento.

As Comissões Económica e para Economia Real do Conselho de Ministros aprovaram ontem os Limites de Despesa para a Elaboração do Orçamento Geral do Estado de 2017, numa altura em que os deputados discutem na especialid­ade a proposta de OGE de 2016 revisto.

De referir que o limite de Receita e Despesa do OGE 2016, aprovado pela Lei n.º 28/15 de 31 de Dezembro, no valor de 6.429.287.906.777,00 (seis triliões, quatrocent­os e vinte e nove bilioẽ s, duzentos e oitenta e sete milhoẽ s, novecentos e seis mil, setecentos e setenta e sete kwanzas) foi ajustado no OGE 2016 - Revisto, comportand­o receitas estimadas em KZ 6.959.728.851.527,00 (seis trilioẽ s, novecentos e cinquenta e nove biliões, setecentos e vinte e oito milhões, oitocentos e cinquenta e um mil, quinhentos e vinte e sete kwanzas) e de despesas fixadas, em igual montante, para o mesmo período.

Ainda acresce que, para efeitos de cálculo da receita tributária petrolífera, foi fixado, como preço de referência fiscal, o valor de 41,00 dólares, correspond­ente ao preço médio estimado de exportação do barril de petróleo bruto para o ano em curso.

Na reunião de ontem, que foi orientada pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, a proposta de limites da despesa teve contribuiç­ões dos titulares dos órgãos orçamentai­s que, por sua vez, vão facilitar os devidos ajustament­os a serem efectuados no âmbito do seu processo de elaboração. Nos últimos anos, o Executivo tem procurado melhorar o processo de elaboração do OGE, melhorando a capacidade dos gestores das unidades orçamentai­s em todas as províncias. A proposta do OGE para 2017 começou a ser elaborada num cenário de alguma incerteza devido às oscilações da cotação do petróleo no mercado mundial, cujo principal reflexo é a revisão orçamental em curso para o exercício de 2016. Recorde-se que, apesar do aumento das receitas do sector não petrolífer­o nos últimos anos, o petróleo é ainda a principal fonte de receitas para o país.

O Executivo tem levado a cabo um processo de ajustament­o das despesas públicas, com a introdução de alterações nas políticas orçamentai­s, visando dar prioridade na realização da despesa com pessoal e em bens e serviços. Desde a aprovação da respectiva lei nº 15/10, de 14 de Julho, onde constam as instruções emanadas pelo titular do poder Executivo que estabelece­m as regras e os procedimen­tos a serem observados pelas unidades orçamentad­as do Estado e seus órgãos dependente­s, tem havido melhorias significat­ivas na elaboração e apresentaç­ão do OGE.

O Orçamento Geral do Estado é um plano financeiro anual ou plurianual, que reflecte os objectivos, as metas e acções contidas no instrument­o do planeament­o nacional.

A Lei 15/10 define que o OGE para 2017 deve dar entrada na Assembleia Nacional, para apreciação e votação final, entre 28 e 31 de Outubro, com os vários órgãos da administra­ção pública a terem de cabimentar as despesas e projectos em função do tecto de despesas a definir.

As Comissões procederam à análise de um Memorando sobre a situação macroeconó­mica, documento que efectua um diagnóstic­o preciso das causas subjacente­s ao momento adverso que o País atravessa, traça as perspectiv­as de evolução económica para os próximos meses, sublinhand­o também a evolução até ao momento dos principais indicadore­s de natureza fiscal, monetária e cambial. A reunião aprovou a Proposta de Plano de Caixa do mês de Setembro de 2016, contendo a projecção de entradas e saídas de recursos financeiro­s com incidência directa na tesouraria, no período a que se reporta.

 ?? FRANCISCO BERNARDO ?? Presidente da República José Eduardo dos Santos orientou reunião da Equipa Económica
FRANCISCO BERNARDO Presidente da República José Eduardo dos Santos orientou reunião da Equipa Económica
 ?? FRANCISCO BERNARDO ?? Presidente da República orientou ontem a reunião das Comissões Económica e para a Economia Real do Conselho de Ministros
FRANCISCO BERNARDO Presidente da República orientou ontem a reunião das Comissões Económica e para a Economia Real do Conselho de Ministros

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