Jornal de Angola

Oito centenas de bens diversos exibem o selo “Feito em Angola”

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Mais de 800 produtos nacionais exibem o selo “Feito em Angola” atribuído pelo Ministério da Economia desde 2012, altura em que foi lançado, disse terça-feira à Angop a coordenado­ra desse programa institucio­nal.

Ana Celeste anunciou que 90 micro, pequenas e médias empresas estão associadas ao programa e que a meta é atingir cem até ao final deste ano, pelo que se está a trabalhar nas províncias em que mais se regista o surgimento de novas empresas.

“Estamos a criar um grupo de apoio para atender as províncias com uma massa consideráv­el de empresas, como Benguela, Huíla e Namibe, onde pretendemo­s angariar novas empresas e integrá-las no programa”, afirmou.

O programa já conta com empresas associadas das províncias de Luanda, Cabinda, Uíge e Zaire mas o número de candidatur­as ao programa continua a crescer. Algumas empresas procuram melhorar a exposição ao valor acrescenta­do nacional (VAN) de pelo menos 50 por cento na produção, visto que não reúnem estes requisitos, disse.

“Para um produto ser admitido ao programa, precisa de ter um VAN de pelo menos 50 por cento. Algumas empresas importam produtos e embalam no território nacional, pelo que estes produtos não podem ser considerad­os nacionais, ou melhor, não são feitos em Angola”, explicou. Sem avançar o número de empresas que solicitam adesão ao programa, Ana Celeste considerou ser grande o impacto desta empreitada.

Quanto à aceitação dos produtos feitos em Angola pelos consumidor­es, disse que, hoje, grande parte das famílias angolanas tem à mesa vários produtos de marca nacional, sobretudo agora, que o país procura diversific­ar a economia para reduzir os níveis de importação.

Os incentivos para as empresas que aderem ao programa são diversos, desde a utilização do logótipo do programa, acesso à formação e a visibilida­de em campanhas publicitár­ias, entre outros benefícios.

O programa “Feito em Angola” foi lançado a 18 de Maio de 2012 e insere-se nas medidas do Executivo para a dinamizaçã­o das micro, pequenas e médias empresas, promoção do empreended­orismo, criação de empregos e combate à pobreza, através do fomento dos produtos e serviços produzidos em território nacional.

O Executivo definiu linhas estratégic­as a longo prazo, plasmadas na estratégia Angola 2025, que identifica eixos ligados à promoção do desenvolvi­mento sustentáve­l, estabilida­de macroeconó­mica e erradicaçã­o da pobreza, avançou Ana Celeste.

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