Último adeus a Leonel Libório
CEMITÉRIO DO BENFICA
O corpo do jornalista desportivo Leonel Libório, falecido terçafeira em Luanda, vítima de doença, aos 55 anos, repousa desde ontem no Cemitério do Benfica, onde foi recordado, no elogio fúnebre lido pelo director do Jornal dos Desportos, como um profissional competente e um exemplo de trabalhador dedicado.
Matias Adriano afirmou, num ambiente de grande consternação, que a classe jornalística fica fragilizada, por profissionais da grandeza de Leonel Libório, o “Man Libas” para os mais chegados, serem escassos “no momento em que a concorrência exige de nós que façamos mais e melhor.”
O director do Jornal dos Desportos, um dos títulos da Edições Novembro, lembrou que o malogrado jornalista foi “um homem de trato fácil, amigo dos seus amigos e um profissional competente e zeloso.”
Nos últimos anos da sua vida, Leonel Libório trabalhou como colaborador permanente do Jornal dos Desportos e, nesta condição, publicou, com regularidade, matérias ligadas ao quotidiano do desporto nacional.
Matias Adriano recordou que, mesmo doente, Leonel Libório manteve viva a sua coluna, na qual escrevia sobre vários temas relacionados com a vida desportiva do país. Matias Adriano lembrou ainda que, na qualidade de director do Jornal dos Desportos, partilhou com Leonel Libório, durante muito tempo, a rubrica “A duas mãos”, tendo, nos últimos dias, em função de alguns acertos internos, Leonel Libório passado a fazer parelha com outro jornalista.
Leonel Eduardo da Cunha Libório nasceu a 6 de Agosto de 1961, no município de Samba Caju, província do Cuanza Norte, e começou a sua carreira jornalística na Rádio Nacional de Angola, tendo-se transferido, em 1981, para a Edições Novembro, onde assumiu funções de responsabilidade, como a de delegado nas províncias da Huíla e do Cunene.
Terminada a missão, regressou a Luanda, fixando-se na área desportiva do Jornal de Angola, do qual se desvinculou para abraçar outros desafios, tendo chegado a director do jornal “O Independente”. Em 2008, regressou à empresa Edições Novembro, proprietária do Jornal de Angola, do Jornal Cultura, do Jornal dos Desportos e do Jornal de Economia & Finanças, fixando-se no Jornal dos Desportos como colaborador permanente até ao dia da sua morte.