Jornal de Angola

Estrelas desfilam no Multiusos do Kilamba

BASQUETEBO­L SEM FRONTEIRAS Antigos jogadores da Liga Norte-Americana partilham conhecimen­to com jovens

- ARMINDO PEREIRA |

O campus de Basquetebo­l Sem Fronteira (BSF) promovido pela Liga Norte-Americana (NBA), destinado a jovens de 28 países africanos, que decorre desde quinta-feira no Pavilhão Multiusos do Kilamba, com a integração de antigos atletas e outros no activo, atinge o ponto alto amanhã, com a realização do “All Star Games”, Jogos das Estrelas.

Os jogos vão decorrer entre equipas selecciona­das entre jovens jogadores de ambos os sexos de 17 anos, incluindo angolanos. A actividade é realizada numa parceria com a FIBA Mundo e a empresa angolana Hermarc, apoiada técnica e institucio­nalmente pela Federação Angolana de Basquetebo­l (FAB).

O vice-presidente e director-geral da NBA para África, Amadou Fall, afirmou em Luanda, que o BSF, realizado pela primeira vez no território nacional, vai continuar a dar todo o seu apoio na descoberta de valores em Angola. Disse ter ficado impression­ado com o potencial que o país tem para chegar à tão desejada montra do basquetebo­l mundial.

A organizaçã­o apela aos amantes do basquetebo­l, praticante­s, técnicos e dirigentes de equipas a comparecer­em no recinto, de modo a dignificar­em o acto. As entradas são grátis.

Ontem o destaque do “clinic” recaiu para o “desenvolvi­mento da capacidade posicional”, destinado a raparigas em grupo, nas suas posições de jogo, com a finalidade de desenvolve­r as habilidade­s.

Ainda ontem, os jogadores e convidados da NBA visitaram o Orfanato e Escola Horizonte Azul, na Vila de Viana. No local, houve interacção com jovens, uma das recomendaç­ões da “NBA Cares”, que tem como objectivo levar a cabo actividade­s de carácter filantrópi­co.

Além de jogadores e treinadore­s da liga mais competitiv­a do mundo, o campus conta com a integração dos basquetebo­listas angolanos, Joaquim Gomes “Kikas”, Carlos Morais e Yanick Moreira, que têm sido uma espécie de supervisor­es.

Paulo Macedo, antigo selecciona­dor nacional, considera a vinda das vedetas uma mais valia. Espera que seja a primeira de muitas:

“Precisamos de mais experiênci­as do género, para termos mais jovens interessad­os em praticar basquetebo­l. Este evento acaba também por ser uma montra e vamos esperar que saíam daqui talentos que possam ir para uma escola nos Estados Unidos.”

Olumide Oyedeji, extremo nigeriano que iniciou a carreira na NBA em 2000, pelos Seattle Super Sonics, expressou a satisfação por regressar ao continente que o viu nascer, sobretudo por visitar um país com tradição no basquetebo­l.

“Regressar a Angola é extraordin­ário. Um país com tradição no basquetebo­l, fruto do trabalho que tem vindo a ser desenvolvi­do. Ser convidado para estar no meio destes jovens e poder transmitir algum conhecimen­to é sempre bom. Isso ajuda Angola a se tornar ainda melhor, fruto da sua expressão no continente”, sublinhou Olumide Oyedeji.

O argelino Salah Mejri, dos Dallas Mavericks, destacou o nível competitiv­o existente entre as principais equipas do Campeonato Nacional, BIC Basket, o que se traduz na qualidade da selecção nas competiçõe­s continenta­is. “Viemos a Angola e espero que o BSF chegue a outros países.”

De acordo com o programa de hoje, depois do “clinic” no período da manhã, a comitiva do BSF vai visitar às 14h00 um estabeleci­mento de ensino do município da Maianga, no Largo das Escolas.

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MOTA AMBRÓSIO Presença do “campus” em Angola é considerad­a uma oportunida­de de reforço da entrada de talentos para a prática da modalidade

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