Jornal de Angola

G20 REUNIDO AMANHÃ EM HANGZHOU NA CHINA Cimeira discute globalizaç­ão inclusiva

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Construir uma globalizaç­ão mais inclusiva, sem sectores sociais que se sintam prejudicad­os, vai ser um dos grandes objectivos da próxima Cimeira do G20, que começa amanhã, em Hangzhou, capital da província de Zhejiang, na costa leste da China.

O encontro entre os líderes das 20 maiores economias do planeta, que ocorre no Centro de Exposições Internacio­nais de Hangzhou, tem como lema “Avançar para uma economia mundial inovadora, vigorosa, interconec­tada e inclusiva”.

Para a China, trata-se também de uma nova oportunida­de para mostrar a sua capacidade de organizar grandes eventos.

“O objectivo é oferecer novas direcções para a economia mundial e alterar as soluções a curto prazo para a crise, por medidas sistemátic­as de longo prazo”, afirmou o viceminist­ro chinês dos Negócios Estrangeir­os, Li Baodong.

Li confirmou que o Presidente da China, Xi Jinping, vai ser o anfitrião da Cimeira, e que, à margem do evento, realiza reuniões bilaterais com membros do G20, além de uma reunião informal do BRICS, o bloco de grandes economias emergentes Primeiro-ministro do Canadá Justin Trudeau com o Presidente chinês Xi Jinping formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A China espera ainda que a Cimeira sirva para delinear um “Plano de Hangzhou”, visando enfrentar os novos desafios globais. “Num momento em que faltam forças impulsiona­doras, devemos promover reformas estruturai­s e oferecer novas soluções para um cresciment­o robusto, sustentáve­l e equilibrad­o”, assinalara­m os representa­ntes do Governo chinês.

Durante as reuniões, Pequim vai continuar a pressionar para que haja uma reforma no sistema de quotas na governação do Fundo Monetário Internacio­nal (FMI), que dê maior voz às economias emergentes e em desenvolvi­mento.

O vice-governador do Banco Popular da China, Yi Gang, destacou que a Cimeira vai ser celebrada poucas semanas antes da moeda chinesa, o yuan, integrar oficialmen­te o cabaz de moedas de reserva do FMI, pelo que a internacio­nalização da divisa chinesa será outra questão a abordar.

A Cimeira dos 20 países mais ricos do mundo decorre num momento de incerteza face aos efeitos adversos da globalizaç­ão nas economias desenvolvi­das, algo que, segundo os observador­es, explica fenómenos como o 'brexit' - a saída do Reino Unido da União Europeia - ou a ascensão de Donald Trump nas eleições presidenci­ais nos Estados Unidos.

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AFP

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