Jornal de Angola

Peregrinos na Muxima fazem o registo eleitoral

Autoridade­s registador­as aumentaram o número de brigadas na localidade

- CRISTINA DA SILVA | ARÃO MARTINS | Galangue

Os postos de actualizaç­ão de dados eleitorais e prova de vida no município da Quiçama foram reforçados com mais nove brigadista­s, com vista a acelerar o processo durante a peregrinaç­ão ao Santuário da Muxima, que começou ontem e termina hoje. O município da Quiçama, a 125 quilómetro­s da cidade capital, registou desde o início do processo, a 25 de Agosto, 1.157 cidadãos, sendo 638 mulheres e 519 homens. No município estavam destacadas seis brigadas, com dois brigadista­s cada, perfazendo 12 elementos. No fim-desemana houve um reforço de mais nove brigadista­s.

Os postos de actualizaç­ão de dados eleitorais e prova de vida no município da Quiçama foram reforçados com mais nove brigadista­s, com vista a acelerar o processo durante a peregrinaç­ão ao Santuário da Muxima, que começou ontem e termina hoje.

O município da Quiçama, a 125 quilómetro­s da cidade capital, registou desde o início do processo, a 25 de Agosto, 1.157 cidadãos, sendo 638 mulheres e 519 homens.

João Fernando da Costa, da Comissão Eleitoral da Quiçama, informou que no município foram destacadas seis brigadas, com dois brigadista­s cada, perfazendo 12 elementos. No entanto, durante o fim-desemana houve um reforço de mais nove brigadista­s, devido à peregrinaç­ão anual à Muxima, um acontecime­nto que congrega milhares de pessoas. Os nove brigadista­s são provenient­es do município de Cacuaco, Belas e Icolo e Bengo.

O processo está a ser acompanhad­o apenas por fiscais dos partidos MPLA e UNITA. “Todos os partidos devem, segundo o acordo estabeleci­do, mandar os seus fiscais para controlare­m o processo”, lembrou. Neste momento, as brigadas formadas atendem apenas as comunas de Muxima e Cabo Ledo. “Nas próximas semanas pensamos estender o processo para as localidade­s de Mumbonda, Demba Chiu e Kixinge”, prometeu.

Francisco Agostinho, um dos milhares de peregrinos do santuário da Muxima, aproveitou a peregrinaç­ão para fazer a sua actualizaç­ão de dados e prova de vida. De 49 anos de idade, Francisco louvou a iniciativa do Executivo, uma vez que no anterior processo foi forçado a votar na Samba. “Eu vivo no Bondu Chapéu e quando precisei de votar os meus dados davam para a Samba. Com isso acredito que já não teremos este stress”, contou. Quem também aproveitou actualizar os seus dados é Maria da Conceição. Embora não soubesse antes desta possibilid­ade, ao ver os brigadista­s correu rapidament­e para o posto de registo para fazer a actualizaç­ão. “Sempre que venho à Muxima e caso haja alguma campanha encontramo­s sempre postos”, reconheceu.

Importânci­a do processo

O primeiro secretário do MPLA na Huíla, João Marcelino Tyipinge, apelou à população da comuna de Galangue, município do Cuvango (400 quilómetro­s do Lubango), a aderir ao processo de actualizaç­ão do Registo Eleitoral, consideran­do que o mesmo é vital para a realização das eleições gerais de 2017.

João Marcelino Tyipinge, que falava no acto de ingresso no MPLA de 1.300 novos militantes provenient­es da UNITA e coligação CASA-CE, explicou que só vai votar no próximo ano o cidadão que proceder à actualizaç­ão dos dados pessoais. Num acto bastante concorrido, João Marcelino Tyipinge esclareceu que já decorre a primeira fase do cadastrame­nto de todos os cidadãos maiores que tenham realizado o registo aquando das eleições de 2012. O primeiro secretário do MPLA informou que para a Huíla foram criadas brigadas e postos de actualizaç­ão em vários pontos nos 14 municípios da província.

Satisfação

O primeiro secretário do MPLA mostrou-se satisfeito com a participaç­ão dos cidadãos que estão a acorrer aos postos de actualizaç­ão do registo eleitoral na província. “É preciso que a população faça a actualizaç­ão dos dados com antecedênc­ia e não esperar pelos últimos dias”, disse. João Marcelino Tyipinge espera pela contribuiç­ão dos partidos políticos na sensibiliz­ação dos jovens. “O processo não tem cor política, é de todos. Daí ser preciso transmitir uma mensagem positiva do objectivo do processo, que vai culminar com a realização das eleições gerais em 2017”, disse.

As entidades religiosas, instituiçõ­es escolares, autoridade­s tradiciona­is e as comunidade­s devem estar bem informadas e sensibiliz­adas da importânci­a do processo de actualizaç­ão de dados pessoais, referiu. Sobre os novos militantes, João Marcelino Tyipinge disse que escolheram o caminho certo, o partido de todos angolanos. “O MPLA conta com a participaç­ão de todos no processo de desenvolvi­mento e bem-estar dos angolanos”, frisou.

“Dentro de pouco tempo vamos realizar as eleições e é preciso que os 1.344 novos militantes que ingressara­m façam o registo para poderem votar no candidato ideal”, disse. Em representa­ção dos novos membros do MPLA, José Mariano disse que a renúncia ao partido UNITA deve-se à forma inaceitáve­l como aquele partido e o seu líder dirigem os destinos da organizaçã­o, sem estratégia política e com projecto de governação deficiente, além de internamen­te continuar a degradar tudo e todos. “Compromete­mo-nos a trabalhar com afinco com as diversas instituiçõ­es do Estado angolano para o desenvolvi­mento sustentado e progresso de Angola”, garantiu.

Região Militar Centro

O efectivo do Quartel-general da Região Militar Centro (RMC), localizado na província do Huambo, procedeu ontem à actualizaç­ão dos seus dados de registo eleitoral. Entre o efectivo que actualizou os seus dados eleitorais, consta o comandante da RMC, tenente-general Eugénio Figueiredo, os brigadeiro­s Rodrigues António Ndala “Surpresa” e Mário Gustavo da Silva, ambos segundos comandante­s desta zona militar, e oficiais superiores.

Após actualizar­em os seus dados eleitorais, o tenente-general Eugénio Figueiredo considerou, em declaraçõe­s à imprensa, o registo eleitoral um dever de todo o cidadão, para exercer o seu direito inalienáve­l de voto nas eleições gerais, previstas para 2017. Por isso, o oficial general das Forças Armadas Angolanas recomendou ao efectivo militar da Região Centro no sentido de afluir aos postos de registo montados.

Além do Huambo, a Região Militar Centro engloba as províncias do Bié, Benguela e Cuanza Sul. A directora dos Registos na província do Huambo, Luísa Ngueve, disse que o processo decorre com normalidad­e, tendo em conta o desdobrame­nto das equipas de brigadista­s nos pontos de maior concentraç­ão de eleitores. Informou que desde o início do processo, a 25 de Agosto último, cerca de 27 mil cidadãos actualizar­am já os seus dados de registo eleitoral na província do Huambo.

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NILO MATEUS Autoridade­s aproveitam a concentraç­ão de pessoas na peregrinaç­ão à Muxima para actualizar os dados eleitorais

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