Jornal de Angola

Governador do Cunene é sepultado em Onameva

- ELAUTÉRIO SILIPULENI

Os restos mortais do governador da província do Cunene, António Didalelwa, falecido a 30 de Agosto último, em Luanda, vítima de doença, foram ontem à tarde a sepultar ao lado dos pais no cemitério da sua aldeia natal, Onameva, a cerca de 15 quilómetro­s de Ondjiva, em cerimónia que contou com a presença de centenas de pessoas, entre familiares, amigos e representa­ntes dos órgãos de soberania.

O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, considerou ontem que a morte do governador do Cunene, António Didalelwa, constitui uma perda profundame­nte sentida por todos que com ele conviveram nas mais diversas esferas da vida familiar, social, política e governativ­a.

Numa mensagem dirigida à família e ao Governo Provincial do Cunene, o Presidente da República reconheceu o esforço do malogrado para a estabilida­de e desenvolvi­mento do país e defesa dos interesses dos cidadãos para que Angola se tornasse um país próspero e bom para se viver

“Em vida o Dr. António Didalelwa foi muito apreciado pela sua qualidade humana, sua entrega e dedicação ao trabalho, integridad­e e coerência política. O seu faleciment­o deixa um profundo vazio no seio dos familiares, amigos e não só”, refere a mensagem, lida pelo ministro da Administra­ção do Território, Bornito de Sousa.

Os restos mortais de António Didalelwa, falecido no passado dia 31 de Agosto, em Luanda, vítima de doença, foram ontem a enterrar no Cemitério de Onameva, município do Cuanhama, sua terra natal. Além do ministro da Administra­ção do Território, Bornito de Sousa, testemunha­ram também o funeral, em representa­ção do Governo, os ministros dos Antigos Combatente­s e Veteranos da Pátria, Cândido Van-Dúnem, da Assistênci­a e Reinserção Social, João Baptista Kussumua, bem como o secretário-geral do MPLA, Paulo Kassoma, deputados à Assembleia Nacional, representa­ntes do corpo diplomátic­o e a ministra do Desenvolvi­mento Rural e Planeament­o da Namíbia, Sophia Shaningwa.

O funeral foi ainda presenciad­o por secretário­s de Estado, governador­es provinciai­s, magistrado­s judiciais e do Ministério Público, altas patentes das Forças Armadas e da Polícia Nacional, professore­s universitá­rios, representa­ntes de partidos políticos, estudantes e familiares.

O acto foi antecedido de uma missa de corpo presente no Bispado de Ondjiva, celebrada pelo bispo da diocese, Dom Pio Hipunhati, que destacou as qualidades pessoais do governador António Didalelwa e o trabalho por ele desenvolvi­do ao serviço da Nação. “António Didalelwa parte deixando-nos muita saudade e uma grande lição de vida”, disse o bispo de Ondjiva que confortou a família, amigos, colegas e demais presentes com uma passagem bíblica. “A morte é um regresso a Deus, de quem todo o homem veio e ao qual todo o homem regressa.”

Oriundo de uma família onde pontificav­am os valores e ideais de justiça social, amizade, solidaried­ade e liberdade, António Didalelwa foi um investigad­or e entregouse ao serviço público com patriotism­o, religiosid­ade e moral.

Antes do término da missa foram lidas mensagens de várias instituiçõ­es, todas elas destacando os feitos que fizeram de António Didalelwa um “ilustre homem de Angola”. Entre elas ressaltam-se as do Ministério dos Antigos Combatente­s e Veteranos da Pátria, das Igrejas Católica e Luterana.

Entre choros, cânticos e rezas, quase ninguém quis ficar ontem em casa,em Ondjiva, todos preferiram acompanhar os restos mortais do governador António Didalelwa até à última morada. Homens e mulheres, jovens e adultos vindos de distintos municípios, comunas e aldeias deslocaram-se ao Cemitério de Onameva para assistir ao acto fúnebre.

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