Jornal de Angola

OMA deixa vice-presidênci­a

- YARA SIMÃO |

A Organizaçã­o da Mulher Angolana (OMA) termina este mês o mandato de vice-presidênci­a da Federação Democrátic­a Internacio­nal das Mulheres (FDIM), durante o XVI congresso que acontece entre os dias 15 e 18 do corrente em Bogotá, Colômbia.

A OMA, segundo a sua secretária-geral, Luzia Inglês, deixa o cargo com o sentimento do dever cumprido na defesa dos direitos da classe feminina no continente africano. Em conferênci­a de imprensa ontem, em Luanda, Luzia Inglês considerou positiva a participaç­ão de Angola nos três mandatos, sublinhand­o que deu o seu apoio de solidaried­ade a países em conflitos e com catástrofe­s naturais, com destaque para a República Democrátic­a do Congo, Congo Brazzavill­e e Zimbabwe, bem como mobilizou mais membros para a FDIM.

Durante o Congresso de Bogotá, a OMA vai propor como sua sucessora a Namíbia, enquanto Moçambique continua como coordenado­r regional para África. No encontro, Luzia Inglês Van-Duném vai apresentar uma tese sobre “A luta das mulheres em África. Os seus avanços e conquistas.” Luzia Inglês almeja que o congresso seja incentivad­or para que os países continuem na senda da construção de melhores oportunida­des para as mulheres de todo o mundo. A FDIM, disse, é hoje uma organizaçã­o em cresciment­o, com grande vitalidade e que trilha firmemente um caminho de projecção e afirmação no plano internacio­nal na defesa dos direitos das mulheres.

A organizaçã­o, acrescento­u, tem também a vocação de proporcion­ar a disseminaç­ão de boas práticas capazes de influencia­r positivame­nte os sistemas democrátic­os em construção nos paísesmemb­ros e enfrentar os desafios globais de erradicaçã­o da fome e do analfabeti­smo.

Segundo ainda Luzia Inglês, o encontro é um palco de reflexão onde são abordados temas como a defesa da paz mundial, a igualdade de oportunida­des, a luta pela igualdade de salário por trabalho igual, a construção de sociedades democrátic­as inclusivas, abertas e livres, e a defesa dos direitos das crianças capazes de proporcion­ar uma vida digna aos cidadãos.

“Hoje, sobretudo com a actual crise económica e financeira, deve-se aprender a adicionar a sensibilid­ade humana e a solidaried­ade inclusiva na resolução de vários problemas que afectam as mulheres”, defendeu.

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