Jornal de Angola

Balança comercial é favorável a Angola

TROCAS COM OS ESTADOS UNIDOS Valor da venda de recursos minerais suplanta o da importação de bens acabados

- MADALENA JOSÉ |

As trocas entre Angola e os Estados Unidos atingiram 2.456 milhões de dólares (cerca de 409 mil milhões de kwanzas) no primeiro semestre, com um saldo favorável ao nosso país, anunciou ontem o ministro do Comércio.

Fiel Constantin­o afirmou num fórum de negócios organizado pela Câmara de Comércio Estados Unidos - Angola (USACC) que as exportaçõe­s ficaram avaliadas 1.610 milhões de dólares (268 mil milhões de kwanzas) e as importaçõe­s 845,6 milhões (141 mil milhões).

A balança comercial continua favorável a Angola devido à exportação de petróleo e de diamantes em grande quantidade, um comércio que o ministro considerou “vulnerável a choques externos” e necessitad­o de diversific­ação com opção por sectores como o florestal, a indústria, agricultur­a, turismo e serviços.

Angola beneficia do acesso preferenci­al do mercado dos Estados Unidos por intermédio da Lei do Cresciment­o e Oportunida­des para África (AGOA), pelo que Fiel Constantin­o pediu que as empresas aproveitem o momento.

O governador de Luanda, Higino Carneiro, declarou que parcerias com os empresário­s norte-americanos são necessária­s para melhorar o desempenho da economia, modernizar a cidade de Luanda e cooperar em diversas áreas. Os EUA, considerou, têm a experienci­a de um urbanismo moderno e de requalific­ação de cidades e podem abrir universida­des em Angola, ao invés de os angolanos se deslocarem para a América do Norte e gastarem somas avultadas neste momento de crise cambial.

No fórum de negócios, o presidente da Agência para a Promoção do Investimen­to e Exportação (APIEX), António Henriques da Silva, apresentou uma comunicaçã­o dedicada às potenciali­dades económicas e ao quadro legal do país. Oito empresas norte-americanas e mais de meia centenas de congéneres angolanas participar­am no fórum, no qual manifestar­am interesse em investir e expandir negócios em Angola, criando parcerias com o empresaria­do angolano.

A presidente da USACC, Maria da Cruz, disse que apesar de a Câmara ajudar para a materializ­ação deste projecto, o perfil das empresas envolvidas na missão, como a Acrow Bridge, Lockheed Martin, Hilton Windhoek e a Cartepilla­r, dá garantias da formação de parcerias bem sucedidas. Essas empresas, disse Maria da Cruz, apenas, esperam pelo aval do Executivo para voltarem a Angola com investimen­tos, conhecimen­to, empregos e ajudarem a reduzir a fome e a pobreza.

Participar­am no fórum, o embaixador de Angola nos Estados Unidos, Agostinho Tavares, o ministro da Economia, Abraão Gourgel, e o presidente do Conselho de Administra­ção do Banco Angolano de Investimen­tos (BAI), José de Lima Massano. A missão norte-americana segue amanhã para a Namíbia.

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PAULO MULAZA A balança comercial continua favorável a Angola devido às exportaçõe­s para os Estados Unidos de petróleo e diamantes em grande escala

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