Campanha porta-a-porta
Uma campanha de educação ambiental e cidadania é realizada amanhã, porta-a-porta, no bairro Zangado, distrito urbano do Rangel, município de Luanda, pelo Núcleo de Jovens Estudantes Ligados à Literatura e Arte.
Um documento, enviado ontem ao Jornal de Angola, refere que o objectivo da campanha, que começa às 9h30 sob o lema “Recicla os seus hábitos, produza menos lixo”, é incentivar os moradores do Zangado a pautarem por uma conduta positiva em relação ao meio ambiente e à cidadania.Já ao telefone, o coordenador da campanha, Adwane Kilundo, disse ao Jornal de Angola que a intenção é a realização até Dezembro de campanhas e palestras sobre educação ambiental e cidadania nas comunidades e nos estabelecimentos escolares.
O activista disse esperar que a campanha consiga alcançar os resultados esperados que são a redução e produção desnecessária de lixo pelas famílias, a colocação de resíduos sólidos em locais apropriados e a diminuição da poluição dos solos, da água e do ar, para a melhoria da qualidade de vida.
Durante a campanha, vão ser distribuídas cartilhas informativas sobre educação ambiental e cidadania em locais onde, recentemente, a Administração do Rangel realizou uma campanha de limpeza. Os organizadores pretendem envolverse os munícipes, através de iniciativas que possibilitem um aumento do nível de consciência ambiental.
Os maiores gorilas do mundo têm sido empurrados para a extinção, devido ao aumento da caça ilegal na República Democrática do Congo, e agora estão “em perigo crítico”, alertaram especialistas neste domingo. Com apenas cinco mil exemplares de gorilas do oriente (gorillaberingei) em todo o planeta, a espécie enfrenta agora o risco de desaparecer completamente, advertiram autoridades na conferência global da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, sigla em inglês), em Honolulu, Havai.
Quatro em cada seis dos grandes símios da terra estão classificados na categoria “em perigo crítico” e “a apenas um passo de serem extintos”, incluindo os gorilas do oriente e do ocidente e os orangotangos de Bornéu e o de Sumatra, segundo a actualização mais recente da lista vermelha da IUCN, o inventário mais completo de espécies animais e vegetais do mundo. Os chimpanzés e os bonobos são dados como “em perigo”. “Ver o gorila do oriente - um dos nossos primos mais próximos - a caminho da extinção é verdadeiramente angustiante”, desabafou o director-geral da IUCN, Inger Andersen.
A guerra, a caça e a perda de terras para os refugiados, nos últimos 20 anos, levaram a um “declínio devastador de mais de 70 por cento” da população do gorila do oriente, de acordo com a IUCN. Uma das duas subespécies do gorila do oriente, o de grauer (gorillaberingeigraueri), diminuiu drasticamente desde 1994, quando havia 16.900 indivíduos, para apenas 3.800 em 2015. Apesar de ilegal, a caça é a maior ameaça que esses macacos enfrentam, relataram pesquisadores. Os números da segunda subespécie do gorila do oriente - o das montanhas (gorillaberingeiberingei) - tiveram uma pequena recuperação, totalizando cerca de 880 indivíduos. A actualização da lista vermelha de espécies ameaçadas inclui 82.954 espécies de plantas e de animais, das quais quase um terço (23.928) está ameaçado de extinção. Houve uma boa notícia para os pandas, que passaram da categoria “em perigo” para o grupo “vulnerável”, graças aos esforços intensivos de conservação por parte da China.
A situação do antílope tibetano (pantholopshodgsonii) também melhorou, depois de medidas de protecção que ajudaram o animal a passar de “em perigo” para “quase ameaçado”, depois de um pico de caça comercial para a retirada de sua valiosa pele, utilizada para produzir xailes. Mas a situaçãoparece ter piorado para outras espécies, como a zebra da planície (equusquagga), que passou de uma espécie “segura ou pouco preocupante” para “quase ameaçada.”