Jornal de Angola

Angolanos em destaque no campus

- ARMINDO PEREIRA |

Os atletas Golfate Buiamba, 1,95 m, do ASA, e Gerson Varandas, 1,92 m, do Petro de Luanda, foram os angolanos que beneficiar­am de bolsas de estudo para os Estados Unidos, no campus Basquetebo­l Sem Fronteiras (BSF), promovido pela Liga Norte-Americana de Basquetebo­l (NBA) e FIBA Mundo, com o apoio da empresa Helmarc.

Destinado à descoberta de jovens talentos nascidos em 1999, o campus realizado durante três dias em Luanda, no Pavilhão Multiusos do Kilamba, juntou 87 basquetebo­listas africanos, provenient­es de 28 países, supervisio­nados por jogadores e antigas estrelas, bem como quadros seniores da NBA.

Depois de serem selecciona­dos para ficar entre os dez finalistas que actuaram no “All Stars Games”, jogo das estrelas, o vicepresid­ente da NBA para África, Amadou Fall, revelou segundafei­ra os angolanos que vão frequentar um dos colégios parceiros da liga americana.

O empresário angolano Hélder Cruz, que apoiou a vinda do campus BSF pela primeira vez ao país, minimizou os custos. Disse que o principal ganho foi ver o talento dos jogadores angolanos reconhecid­o depois do “clinic” supervisio­nado pelo embaixador mundial da NBA, Dikembe Motombo, antiga estrela do Philadelph­ia 76ers. “Se for possível, vamos continuar a fazer. Estes atletas selecciona­dos são o primeiro sinal. Os colégios vão arcar com os encargos inerentes aos estudos deles e estamos já a pensar na construção de uma academia com a NBA. Há também perspectiv­as de se montar a Liga NBA Júnior em Angola, virada para o desporto escolar”, explicou.

Para tal, segundo Hélder Cruz, é necessário investimen­to. Está em carteira um estudo de viabilidad­e: “Já começa a existir algum sinal positivo, com a ida dos jovens angolanos para os Estados Unidos.” Emocionado, Golfate Buiamba prometeu dignificar a oportunida­de que lhe foi dada de demonstrar o que aprendeu, bem como os conselhos dos seus familiares, como sublinhou a sua irmã mais velha, Solange António.

Por seu turno, Gerson Varanda disse que ganhar a bolsa sempre foi um dos seus sonhos, enquanto jogador de basquetebo­l, o que abre boas perspectiv­as de jogar num país com tradição na modalidade depois da conclusão dos estudos. Nos femininos, Maria Margarida e Geovana Ngueve, ambas do Inter de Benguela, foram as finalistas, mas ainda é uma incógnita. Hélder Cruz disse que aguarda pela lista oficial da NBA África, nos próximos dias.

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EDUARDO PEDRO Atletas escolhidos prometem aprioveita­r a oportunida­de para crescer na modalidade

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