Defendido novo Executivo
A Comunidade Económica dos Países da África Ocidental (Cedeao) sugeriu ao Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, a formação de um governo “consensual” para a saída do impasse político no país.
À saída de um encontro com o Chefe de Estado guineense, o presidente da Comissão da Cedeao, Marcelo de Souza, que integrou uma missão de alto nível que esteve, esta semana, na Guiné-Bissau para mediar a crise política guineense, afirmou que a organização regional da África Ocidental pretende promover um diálogo que envolva todos os quadrantes e pôr em prática as reformas nos sectores da Defesa, Administração Pública e da Justiça.
À Agência de Notícias da Guiné (ANG), Marcelo de Souza revelou que a Cedeao pretende apoiar nas revisões da Constituição e da Lei Eleitoral, por forma a viabilizar o país, em termos de governação.
A chefe da delegação de alto nível da Cedeao e ministra de Negócios Estrangeiros da Libéria, Marjon Kamara, sublinhou que o encontro com o Chefe de Estado, José Mário Vaz foi “frutífero na busca de entendimentos.”A missão da Cedeao, esclareceu, “não visa atribuir responsabilidades a quem quer que seja, mas sim, procurar entendimentos para que a Guiné-Bissau saia da situação de impasse político em que se encontra.” Durante a estadia na Guiné-Bissau, a missão de alto nível da Cedeao reuniu em separado com o Chefe de Estado e o líder do Parlamento guineense, com o primeiro-ministro, o chefe da diplomacia guineense, com as direcções do PAIGC e do PRS e com os 15 dissidentes do primeiro destes partidos.
A missão da Cedeao, que integrou os ministros dos Negócios Estrangeiros da Libéria, Togo e Guiné-Conacri e o novo presidente da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (Cedeao), esteve em Bissau para cumprir as recomendações da 49ª conferência dos Chefes de Estado e de Governo da organização, realizada em Junho em Dakar, Senegal, que instou as partes desavindas na Guiné-Bissau a buscarem um entendimento “através do diálogo inclusivo, dentro do respeito pela Constituição do país.”