Membros do grupo à solta na Europa
Responsáveis de segurança europeus admitiram à CNN haver entre 30 e 40 suspeitos de pertencerem ao Estado Islâmico à solta na Europa, noticiou ontem a cadeia de televisão norte-americana.
A mesma fonte referiu, citando os responsáveis europeus, que o velho continente está perante “suspeitos que terão dado apoio logístico a ataques, nomeadamente o ataque coordenado em Paris, a 13 de Novembro do ano passado, onde morreram 130 pessoas.”
A informação surge numa altura em que, no terreno, o Estado Islâmico tem sofrido baixas e perdido território na Síria e no Iraque, onde proclamou o califado, e na Líbia, receando-se, por essa razão, a possibilidade de retaliação em pleno solo europeu. A mesma CNN revelara esta semana que os planos originais dos ataques de Paris previam um de maiores dimensões, que poderia mesmo incluir outros alvos, nomeadamente na Holanda.
Entretanto, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, reuniram, ontem, em Genebra para tentar chegar a um acordo sobre o conflito sírio, apesar dos reiterados fracassos dos últimos meses. Washington e Moscovo, que há cinco anos apoiam lados opostos no conflito sírio, que já deixou mais de 290.000 mortos e milhões de deslocados, tentam reactivar o plano de paz do final de 2015, elaborado pela comunidade internacional, que inclui uma trégua duradoura, um plano de ajuda humanitária e um processo de transição política.
“Para a ONU, um êxito nas negociações sobre a Síria entre EUA e a Rússia representava uma grande diferença em termos de ajuda humanitária”, afirmou o representante especial da ONU, Staffan de Mistura, que também está na Suíça a acompanhar as conversações.