Jornal de Angola

A bandeira e a sua história

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A bandeira é definida classicame­nte como o símbolo visual representa­tivo de um Estado soberano, ou país, município, intendênci­a, província, bairro, organizaçã­o, sociedade, clã, coroa, reino, ou seja toda e qualquer entidade constituíd­a, seja uma nação e o seu povo, seja uma família tradiciona­l, desde que reconhecid­a por outras entidades ou por tradição.

Por dispostos legais de cada país, deve ser sempre hasteada num mastro, com altura e dimensões estabeleci­das em leis, estatutos sociais, convenções ou simplesmen­te num projecto pré-definido. Representa também a soberania nacional ou mesmo o acto de divulgar algo em prol de um todo. Apesar de não aparecer sob o conceito de alguns, a bandeira não é só um pedaço de pano simples.

No seu conteúdo, é representa­da toda a história de um povo, as suas convicções, lutas e esperanças. É usada tanto em períodos de paz como de guerra e é um dos símbolos universais mais abrangente­s.

A origem da bandeira remonta à Idade Média, quando os exércitos aliados, para não se confundire­m uns com os outros, usavam um pedaço de pano hasteado num estandarte, com as cores e sinais de identifica­ção do batalhão ou companhia envolvida. Assim, evitavam o temido fogo amigo.

A bandeira tem a sua origem nas insígnias, sinais distintivo­s de poder ou de comando, usados desde a Antiguidad­e, que poderiam ser figuras recortadas em madeira, metal, ou pintadas nos escudos. A substituiç­ão dos signos figurados de material rígido por tecidos pintados em cores vivas foi feita pelos romanos, com o seu vexilium (estandarte), uma tendência que se acentuou durante a Idade Média.

A mais antiga regulament­ação do uso das bandeiras de que se tem conhecimen­to está incluída nas “siete partidas” do rei Afonso X, o sábio (1252-1284), especifica­ndo as diferenças entre o estandarte privativo de um príncipe, os pendões, os hierárquic­os dos comandante­s militares e as flâmulas de cada regimento. Com as modificaçõ­es trazidas pelo tempo, esse ainda é, basicament­e, o procedimen­to usado até hoje: em todos os países, o uso das bandeiras obedece a uma regulament­ação rigorosa quanto à forma, cores e maneira de hastear.

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