Red Bull tem despesas suplementares
A Red Bull vai ter de fazer face a uma despesa extra na próxima temporada e logo na ordem dos 2,5 milhões de euros. Tudo porque acabou a gasolina de graça. A Total decidiu rever a sua política de patrocínio à Fórmula 1, ficando a fornecer gratuitamente apenas os chamados parceiros preconizados, ou seja, os que estão directamente ligados à Renault.
Como se sabe, a Red Bull não está, pois usa os motores franceses sob a marca TAG Heuer. Assim, a Total não só deixará de ser patrocinadora da Red Bull no final da presente temporada, como passará a cobrar os combustíveis, lubrificantes e acompanhamento técnico. Que são obrigatórios, dado que o motor está todo calibrado para funcionar com os produtos propositadamente desenvolvidos pela petrolífera francesa.
Mas isso não impedirá a Red Bull de assinar um contrato de patrocínio com uma outra petrolífera, continuando a usar os produtos da Total. É, aliás, uma situação conhecida no corrente campeonato com outra escuderia. E a Red Bull já sabe até que, pelo facto de ter motores baptizados TAG Heuer, receberá da Total uma factura de 2,5 milhões de euros. Já a equipa B, a Toro Rosso, que no próximo ano regressará aos propulsores franceses, não terá de pagar nada pelos combustíveis e lubrificantes, pois alinhará com motores com designação oficial Renault. Cai, portanto, sob o “chapéu” da parceria preconizada (ou aconselhada) que está dentro da política de patrocínios da Total.
Ainda no que diz respeito à próxima época, a promessa tinha ficado no ar de não haver qualquer Grande Prémio no fim-de-semana da mediática prova “24 Horas de Le Mans”, França. Por isso, a principal surpresa do esboço de calendário para o Mundial de F1 de 2017 apresentado às equipas é precisamente essa: o G.P. da Europa, em Baku (Azerbaijão), realiza-se precisamente no fim-de-semana de Le Mans.
A FIA anunciou com enorme antecedência que as 24 Horas de Le Mans se realizariam a 18 e 19 de Junho de 2017, na esperança que a F1 evitasse esse fim-de-semana. Mas a verdade é que, no esboço de calendário apresentado às equipas, aparece o G.P. da Europa nessa data, tal como sucedeu já este ano. É óbvio que a FIA poderá ter uma palavra a dizer, até porque o calendário terá sempre de ser ratificado pelo Conselho Mundial.