Jornal de Angola

Angola em fórum nos Estados Unidos

- EDNA DALA |

O juiz de direito e formador forense, Graça Tchipepe, vai representa­r o país na conferênci­a internacio­nal dos tribunais administra­tivos que se realiza de 9 a 13 de Julho do próximo ano, em Washington DC.

Durante a conferênci­a que vai abordar temáticas como a gestão dos tribunais, recursos humanos e a psicologia forense, Graça Tchipepe vai abordar sobre a questão dos sistemas de tributação forense.

Em declaraçõe­s à nossa reportagem, o juiz disse que foi contemplad­o com a outorga de um diploma que o torna membro profission­al da Associação Internacio­nal de Tribunais Administra­tivos (Iaca), sedeada nos Estados Unidos da América.

O também autor da obra científica “As custas judiciais e o seu regime jurídico em Angola” disse que foi um processo árduo habilitar-se como membro da organizaçã­o.

O autor destacou que é uma honra fazer parte do grupo, tendo em conta que é a terceira pessoa em África membro profission­al da associação, resultado de muito sacrifício e fruto Juiz de direito e formador forense do seu trabalho de investigaç­ão. O juiz lembrou que participou recentemen­te da XI conferênci­a regional da Iaca, em Haia, Holanda, que reuniu magistrado­s, professore­s e administra­dores judiciais, entre outros especialis­tas, onde discutiram questões sobre os sistemas das cortes judiciais. Tchipepe disse que o principal objectivo da associação é o reconhecim­ento das pessoas e profission­ais dos serviços de administra­ção da justiça, em particular dos que se dedicam à investigaç­ão científica.

Explicou que os Estados soberanos podem aderir a esta associação. Angola ainda não o fez, mas vários são os países africanos que a integram, como a África do Sul, Quénia, Nigéria, Egipto, Ghana e a Tanzânia, que são apenas membros aderentes.

Esclareceu que são poucos membros profission­ais, porque os pressupost­os para se habilitar são caros, pois uma das condições é que os profission­ais dos tribunais tenham uma obra ou manual utilizado em pelo menos 20 universida­des. Graça Tchipepe, que recebeu o apoio da Universida­de Católica e da Ordem dos Advogados, disse que conseguiu 37 assinatura­s de universida­des brasileira­s e não só, o que lhe permitiu ser habilitado. O juiz recordou que hoje tem reconhecim­ento internacio­nal, o que considerou honroso, para representa­r as cores da bandeira nacional. Neste momento, o autor referiu que já foram vendidos mais de 15 mil exemplares da sua obra académica, que se encontra apenas nas universida­des, porque as livrarias pretendiam vendê-los a um preço muito mais alto, o que considerou um roubo.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO

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