Jornal de Angola

Academia de Letras entrou em funções

- KÁTIA RAMOS |

Maior atenção ao factor cultural, em particular a angolanida­de, é um desafio que a ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, deixou ontem no Memorial António Agostinho Neto, em Luanda, para a direcção da recém-formada Academia Angolana de Letras, presidida por Boaventura Cardoso.Para a ministra, a associação criada é um reconhecim­ento aos homens das artes e a todos os que ajudaram a elevar a literatura e os estudos sociais a um nível mais amplo. Carolina Cerqueira considera a identifica­ção das caracterís­ticas dos angolanos um desafio determinan­te para encontrar o conjunto de passos com vista à consolidaç­ão da Nação.

Maior atenção ao factor cultural, em particular a angolanida­de, é um desafios que a ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, deixou ontem no Memorial António Agostinho Neto, em Luanda, para a direcção da recém-formada Academia Angolana de Letras.

Para a ministra, a associação criada é um reconhecim­ento aos homens das artes e a todos os ajudaram a elevar a literatura e os estudos sociais a um nível mais amplo. Carolina Cerqueira considera a identifica­ção das caracterís­ticas dos angolanos um desafio determinan­te para encontrar o conjunto de passos com vista à consolidaç­ão da Nação.

Além disso, pediu também apoio destes intelectua­is das letras e ciências na maior salvaguard­a e divulgação dos valores morais, “num momento em que registamos a sua quebra acentuada e precisamos de reflectir sobre o rumo a tomar no processo educativo e de socializaç­ão das famílias”.

Outro desafio que a ministra propôs é a ajuda na introdução das línguas nacionais no sistema de ensino, que o Executivo começou já a implementa­r e actualment­e os intelectua­is são chamados a contribuir. “Os resultados são mais animadores quando as crianças têm acesso à educação na sua língua materna”, justificou. Um último desafio que apresentou para a nova Academia Angolana de Letras é a de se elaborar o padrão da língua portuguesa, através da definição da gramática e do léxico. “São quatro desafios importante­s.” Carolina Cerqueira destacou ainda o facto da Academia Angolana de Letras ter sido proclamada no Dia Internacio­nal da Democracia, que este ano se celebra sob o lema “Fortalecer a Democracia é condição essencial para alcançar o desenvolvi­mento sustentáve­l até 2030”. “É indiscutív­el o papel das letras angolanas na promoção e preservaçã­o das conquistas democrátic­as, podendo os membros desta academia contribuir para o processo de democratiz­ação em curso no país, fazendo ouvir a sua voz em prol das políticas públicas de inclusão social e na mobilizaçã­o dos cidadãos para a acção cívica”, disse.

A Academia é formada por 43 membros, entre escritores de renome e investigad­ores das ciências sociais, cujos trabalhos foram publicados em antologias e noutros trabalhos colectivos, que são estudados em várias partes do mundo.

Durante o acto de proclamaçã­o, o presidente da conselho de administra­ção da Academia, Boaventura Cardoso, aproveitou para renovar o compromiss­o dos membros de trabalhare­m mais na dignificaç­ão das línguas nacionais, honrando o génio criador e inventivo dos angolanos, com base nas gerações precedente­s.

Além de Boaventura Cardoso, a Academia é constituíd­a por Artur Pestana “Pepetela”, presidente da Mesa da Assembleia Geral, Henrique Guerra, presidente do Conselho Fiscal e Paulo de Carvalho, presidente do Conselho Científico.

 ?? M. MACHANGONG­O ?? Membros fundadores da Academia Angolana de Letras Boaventura Cardoso e João Melo
M. MACHANGONG­O Membros fundadores da Academia Angolana de Letras Boaventura Cardoso e João Melo
 ?? M. MACHANGONG­O ?? Ministra da Cultura Carolina Cerqueira entrega o diploma a Arlindo Barbeitos
M. MACHANGONG­O Ministra da Cultura Carolina Cerqueira entrega o diploma a Arlindo Barbeitos

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola