Um sector decisivo
O ensino é um sector que tem merecido a atenção especial dos governantes, que não param de trabalhar no sentido de o tornar excelente, no interesse das comunidades. As autoridades têm feito muitos esforços para que o ensino no país tenha elevada qualidade, em particular ao nível do ensino primário e secundário.
É importante que não fiquemos apenas pela constatação do que está mal no nosso ensino. Temos , depois de se detectarem os males de que enferma o sistema de ensino, trabalhar rapidamente para que eles sejam supe
É um dado adquirido que a educação e o ensino são pilares fundamentais para a construção do desenvolvimento em qualquer país. Os nossos governantes têm, desde o fim da guerra no país , em 2002, apostado na criação de condições para que um número considerável de angolanos tenha acesso ao ensino. Os números sobre a população estudantil actual não deixam dúvidas quanto aos avultados investimentos públicos que se fizeram ao nível do ensino ao longo de 14 anos.
Angola tem a pretensão de atingir o desenvolvimento , que é um processo complexo que deve obrigar o Estado a realizar por muito tempo ainda investimento no ensino, em particular no domínio da investigação científica. Temos de nos preocupar em termos quadros de elevada qualidade. Não nos devemos apenas contentar com a quantidade de cidadãos que acabam as suas licenciaturas. Temos de ir mais longe. Os países que foram longe, ou seja, que investiram na investigação científica e na formação avançada de muitos dos seus quadros em diferentes áreas do saber estão hoje a colher os frutos deste investimento.
Devemos seguir os bons exemplos de outros países que passaram por muitas das dificuldades que hoje enfrentamos. Temos de estar sempre disponíveis para aprender com outros que estão mais avançados do que nós. É bom saber, por exemplo, que caminhos trilharam para chegarem ao desenvolvimento. Angola tem grandes potencialidades. Mas não basta termos grandes potencialidades. Precisamos de recursos humanos , que são hoje, não é demais repetir, o capital mais precioso na era do conhecimento. Angola tem de apostar no capital humano e não deve hesitar em capacitar os seus quadros dentro e fora do país para atingirem níveis que possam torná-los excelentes . Não vamos resolver os nossos problemas se não tivermos quadros com elevada qualificação, nas áreas da Medicina, da Engenharia, da Agronomia , do Direito , da Economia , para só citar estes ramos do saber. Temos de iniciar um ciclo que se traduza na criação de condições para que se aumentem as competências dos nossos quadros que já estão formados e para que das nossas universidades saiam pessoas com formação sólida.
A sociedade espera que as nossas universidades e escolas superiores tenham um elevado desempenho , a fim de que os seus problemas sejam resolvidos com eficiência. Já se disse várias vezes que as universidades e escolas superiores não podem ser apenas meros produtores de diplomas . Estes diplomas têm de se traduzir em reais competências para que as comunidades possam beneficiar dos conhecimentos técnicos e científicos daqueles angolanos que podem realizar mudanças significativas em vários sectores da nossa vida nacional.
Os quadros de qualquer país são um segmento a não subestimar. Eles , pelas suas competências e habilidades, são geradores de obras que podem contribuir para o desenvolvimento. Se quisermos ter qualidade de vida, temos de apostar nos quadros. Não há país que se desenvolve sem quadros altamente qualificados. Que em Angola haja a compreensão de que é necessário que se faça tudo para , não só se formarem bem os quadros, mas também para se colocarem os técnicos com elevada qualificação ali onde eles possam ser úteis. Aprender com outros países mais avançados ao nível de processos de qualificação de quadros é uma boa opção. Temos de estar permanentemente abertos ao mundo no sentido de adquirirmos conhecimentos. É possível potenciar os nossos quadros em várias áreas do saber . Temos, por exemplo, de colocar os nossos quadros nos melhores centros de saber que há no mundo , para que eles possam no país resolver os nossos problemas, mesmo os mais complexos.
Não devemos pensar que somos incapazes de resolver os nossos próprios problemas e que só a ajuda externa é a única alternativa . Os nossos recursos humanos devem ser valorizados , não só dando-lhes oportunidades para mostrarem do que são capazes de fazer , mas também para fazerem altos estudos. O conhecimento tem de ser constantemente valorizado no nosso país. Com o conhecimento havemos de ultrapassar o subdesenvolvimento. Podemos , com as nossas potencialidades e recursos humanos, avançar para o progresso. Há felizmente no país vontade para se mudar muita coisa ao nível do nosso ensino . Que as mudanças se verifiquem de facto e venham a produzir resultados. É hora de acção. Estamos condenados a trabalhar para que todos tenhamos uma vida digna. E o ensino é o sector que vai desempenhar um papel decisivo no percurso que nos levará ao desenvolvimento.
Qualidade nas escolas
Fala-se muito da qualidade do ensino e é positivo que haja constante preocupação com o que se transmite nas nossas escolas, em particular no ensino primário e médio. Mas penso também que se devia cuidar da qualidade das infraestruturas escolares. Acho que as escolas devem ser espaços saudáveis. Não se deve permitir que haja