Países mais pobres acolhem com afecto
Um relatório do Banco Mundial, publicado na quinta-feira, indica que as pessoas deslocadas se transformaram num desafio importante para os países em desenvolvimento, que abrigam 95 por cento daqueles que fogem de uma dezena de conflitos armados, quase os mesmos de há 25 anos.
O documento refere que cerca de 65 milhões de pessoas no mundo vivem “em deslocamento forçado”, o correspondente a 1 por cento da população mundial. Entre estas, 24 milhões de refugiados e que pedem asilo atravessam fronteiras e 41 milhões de pessoas foram deslocadas dentro do seu próprio país.
Nos últimos 25 anos, refere o documento, são os mesmos conflitos que provocam a fuga da população no Afeganistão, Iraque, Síria, Burundi, República Democrática do Congo, Somália, Sudão, Colômbia, região do Cáucaso e a antiga Jugoslávia. A Síria é o único país em que a sua população deslocada supera os 25 por cento.
Somente um quarto dos deslocados (27 por cento) volta à região que abandonou. Uma grande quantidade vai engrossar regiões urbanas, como Cabul (Afeganistão), Juba (Sudão do Sul) e Monróvia (Libéria), entre outros países e capitais de países.
Entre os 15 países do mundo que recebem a maioria dos refugiados estão Turquia, Líbano e Jordânia, vizinhos da Síria, com 27 por cento dos refugiados.
Paquistão e Irão, vizinhos do Afeganistão, acolhem 17 por cento e Etiópia e Quénia, vizinhos da Somália e do Sudão do Sul, sete.